Independentemente da idade, não faltam alegações para explicar por que é tão difícil estabelecer uma rotina de atividade física. Não à toa, uma investigação feita pelas universidades estaduais de Campinas (SP) e de Maringá (PR) ouviu mais de 900 idosos que frequentavam as chamadas Academias da Terceira Idade a respeito do tema.
Nessa população, mesmo tendo à disposição espaços públicos para suar a camisa, surgiram argumentos que vão de preocupações estéticas a falta de interesse, passando pelas limitações físicas e o medo de se machucar (veja os motivos no fim do texto).
“Curiosamente, os idosos com autopercepção de boa saúde apontaram mais empecilhos para se exercitar do que aqueles que relatam ter a saúde regular ou ruim”, nota o educador físico Daniel Vicentini de Oliveira, um dos autores da pesquisa. Isso pode ser um indicador de que recomendações médicas e o interesse em recuperar a vitalidade funcionam como incentivo para se engajar na malhação.
“Se formos extrapolar os resultados da pesquisa para adultos mais jovens, a falta de tempo deve aparecer como principal barreira para a prática de atividade física”, acredita Oliveira.