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O que podemos aprender com o preparo das nossas jogadoras de futebol

Médico da seleção feminina conta o que as atletas fazem em termos de condicionamento físico, dieta e controle da menstruação

Por Nemi Sabeh Jr., ortopedista e médico do esporte*
Atualizado em 22 set 2021, 12h07 - Publicado em 30 jul 2021, 10h17
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  • Algumas orientações e atividades que fazem parte do dia a dia dos atletas podem ser adaptadas para todo mundo que busca uma vida com mais saúde, movimento e qualidade. É o que percebo como coordenador médico das seleções de futebol feminino há mais de dez anos. Podemos nos inspirar e nos basear na preparação das jogadoras para ter uma rotina mais balanceada. E o melhor: você pode começar já!

    Começo pelas refeições. Comer bem é inescapável para quem quer levar uma vida saudável. Na concentração das atletas, são preparadas cinco refeições, com intervalo de três horas entre elas: café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Para atender às necessidades das jogadoras, o cardápio do almoço e do jantar conta com arroz, feijão, salada e uma boa fonte de proteína. Pode parecer simples, mas é muito nutritivo.

    A sobremesa inclui frutas, fazendo eco a uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que aconselha a ingestão diária de cinco porções de frutas, verduras e legumes. Um hábito que ajuda a evitar doenças crônicas.

    E tem doce também. Isso mesmo, só que em quantidade controlada e conforme a orientação do nutricionista para cada atleta. Sabemos que, nos períodos menstruais, o açúcar auxilia a aplacar alguns sintomas e chateações. O problema, claro, é o excesso de doce, que bagunça o organismo.

    Todo mundo pode e deve ter uma alimentação nutritiva e equilibrada. O ideal é procurar um profissional para adequar a dieta às suas necessidades, atividades e gostos.

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    Agora vamos falar da atividade física em si. E da prevenção de lesões, preocupantes para as atletas pois podem representar, muitas vezes, o fim de um sonho. Só que as lesões não são exclusivas dos esportistas profissionais. Podem dar as caras em qualquer um e têm a ver com o desgaste de músculos, articulações e ossos.

    + LEIA TAMBÉM: Brasil: o país do futebol e das cirurgias de joelho

    Começamos a perder massa muscular após os 30 anos. As articulações vão ficando menos resistentes e flexíveis e mais propensas a rupturas e processos degenerativos. Acontece que quem fica muito tempo sentado e parado está mais sujeito à perda muscular, à osteartrite, a quedas e dores, muitas dores. A própria OMS alerta que 80% da população já teve, tem ou terá dor na coluna, por exemplo.

    O médico Nemi Sabeh, da seleção feminina de futebol, nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
    O médico Nemi Sabeh, da seleção feminina de futebol, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. (Foto: Acervo Pessoal/Divulgação)
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    Você pode não ser atleta, mas precisa incluir de verdade a atividade física na sua rotina. Procure um médico do esporte para uma avaliação prévia e busque uma modalidade de acordo com o seu perfil e que lhe dê prazer ao executar. Isso garante regularidade — e mais qualidade de vida.

    Por fim, para o público feminino, temos que considerar a tensão pré-menstrual (TPM) e seus impactos no cotidiano. Uma pesquisa do Ibope de 2015 indica que 76% das brasileiras sofrem de cólica menstrual, além de incômodos relacionados ao período como enxaqueca, dor nos seios e nas pernas, náuseas etc. Esses são sintomas da TPM, fase que acontece da ovulação à menstruação.

    Sabemos que isso pode prejudicar o rendimento e o desempenho não só das atletas, mas de qualquer mulher em atividade produtiva. Afinal, as repercussões envolvem desde dificuldade para realizar exercícios de força e explosão até alterações de humor.

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    A consulta com o ginecologista é fundamental para entender o que se passa, indicar o anticoncepcional ou medicamento adequado para regularizar o fluxo e controlar o excesso de sangramento e descartar qualquer outro problema, caso da endometriose. Os anticoncepcionais são bastante utilizados pelas atletas para não menstruar durante o treino e os jogos — sempre com o devido acompanhamento médico.

    Manter a atividade física nesse período, ainda que com algumas adaptações, também é bem-vindo. Quando você se exercita, libera endorfina, hormônio que gera sensação de bem-estar e alivia o estresse e as dores. Agora, se não estiver se sentindo confortável, não deixe de ajustar o treino e fazer exercícios mais leves. Respeitar os sinais do corpo é essencial. Para todo mundo — inclusive as jogadoras.

    * Nemi Sabeh Jr. é ortopedista, médico da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, integrante do núcleo de especialidades do Hospital Sírio-Libanês (SP) e idealizador da On Evolução Corporal, em São Paulo e em Assis, no interior paulista

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