Quem chegou a esse número mágico foi um time de pesquisadores do Hospital Universitário Saint-Étienne, na França. Os cientistas observaram duas populações. Uma era francesa, composta por 1 011 indivíduos de aproximadamente 65 anos que foram seguidos por 12 anos, desde 2001. A outra parcela, formada por 122 417 pessoas de uns 60 anos, foi escolhida a partir de uma revisão internacional e acompanhada por cerca de dez anos. Os autores mediram, então, o nível de atividade física desse pessoal todo.
Detalhe: com o passar do tempo, ocorreram algumas mortes nos dois grupos. Cruzando os dados obtidos, os experts franceses puderam concluir que, quanto maior o tempo dedicado aos exercícios, menor era a probabilidade de falecer. Para ter ideia, em comparação com os sedentários, quem apresentava baixo, médio e alto nível de atividade tinha 22%, 28% e 35% menos risco de morrer, respectivamente.
O interessante é justamente o fato de que ninguém precisou passar horas e horas na academia ou no parque para ver a saúde um pouco mais protegida. “Descobrimos que baixos níveis de atividade física, ou seja, metade do que é recomendado, já reduziu em 22% o risco de morte em pessoas mais velhas, em comparação com indivíduos inativos”, reforçou o médico David Hupin, um dos autores do trabalho. “Esse volume de atividade corresponde a 15 minutos de caminhada acelerada por dia”, explica. Ele apresentou os achados do trabalho recentemente, na reunião da EuroPRevent 2016, organizada pela Sociedade Europeia de Cardiologia. Mesmo assim, se der, vale a pena mexer o corpo por mais de 15 minutos.