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Exercício integra nova diretriz para doença cardíaca hereditária

Indivíduos com cardiomiopatia hipertrófica podem se beneficiar de sessões leves ou moderadas após aval médico

Por Lucas Rocha
1 jul 2024, 08h49
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  • Por muito tempo, pacientes com cardiomiopatia hipertrófica, enfermidade frequentemente associada a casos de morte súbita, foram orientados a limitar ou suspender a atividade física.

    Tudo para evitar uma descompensação do quadro, que é hereditário e torna o músculo cardíaco espesso e incapaz de bombear o sangue a contento.

    No entanto, evidências crescentes indicam que os benefícios dos exercícios superam os riscos potenciais.

    + Leia também: Hipertrofia do miocárdio, a principal causa de morte súbita em atletas

    Inclusive, práticas recreativas de baixa a moderada intensidade devem fazer parte do cuidado com a saúde, de acordo com a última diretriz do Colégio Americano de Cardiologia e da Associação Americana do Coração voltada à doença, que afeta cerca de uma pessoa a cada 500.

    A encrenca é que muitos casos não são diagnosticados devido à ausência de sintomas (veja o quadro abaixo). Por vezes, a identificação ocorre após um caso de morte súbita.

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    Clique para ampliar (Quadro: Editoria de Arte/Veja Saúde)

    O problema ganhou fama por vitimar atletas, como o futebolista camaronês Marc-Vivién Foé e os jogadores de basquete americanos Reggie Lewis e Zeke Upshaw.

    Também foram vítimas da doença o ator Kristoff St. John, o youtuber norte-americano Caleb Logan Bratayley, aos 13 anos, Kevin Turen, produtor de “Euphoria” e “The Idol” e o empresário João Paulo Diniz, filho de Abilio Diniz. O cantor Elvis Presley também vivia com a condição.

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    “Nesse contexto, antes de liberar o exercício, é necessária uma avaliação criteriosa e uma decisão compartilhada entre médico e paciente”, frisa Alexsandro Fagundes, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.

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    + Leia também: Quem tem cardiopatia congênita não deve se afastar das atividades físicas

    A atividade física é contraindicada a pacientes de alto risco, que apresentem arritmias sustentadas, desmaios ou que já tiveram episódios de parada cardíaca.

    “Essas pessoas são classificadas como situação de mais alto risco e vão precisar de uma avaliação mais específica porque, às vezes, são candidatas a colocar um desfibrilador ou algum outro tipo de procedimento antes de serem liberadas para a prática de algum exercício mais vigoroso”, sinaliza Fagundes.

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