A meta, embora necessite de outras pesquisas para se consolidar, traz um parâmetro a ser mirado por quem está com os joelhos um pouco fragilizados. “Orientado por um especialista, o indivíduo pode iniciar com, por exemplo, 3 mil passos e, aos poucos, evoluir até alcançar o objetivo proposto pelo estudo americano”, reflete Leda Magalhães de Oliveira, fisioterapeuta da Universidade Federal de São Paulo. Aliás, ultrapassar o limite mínimo estabelecido por White e seus colegas parece acarretar ainda mais benefícios. Segundo a pesquisa, a cada mil passos extras incluídos na rotina diária, o risco de o joelho ranger – e atrapalhar tarefas no cotidiano – cai mais 16%.
Por que caminhar faz bem para as articulações
São vários os motivos que fazem as caminhadas deixarem as juntas mais resistentes. “Um deles é regular a produção do chamado líquido sinovial”, esclarece Marco Aurélio Vaz, profissional de educação física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tal substância abastece a cartilagem de nutrientes. Assim, garante a integridade dessa estrutura, responsável por impedir o doloroso atrito entre um osso e outro. Em outras palavras, mexer-se bastante mantém nossas dobradiças naturais lubrificadas.
Colecionar passos e mais passos também fortalece as pernas. “E uma musculatura em forma amortece o impacto de diferentes atividades do dia a dia sobre as articulações”, explica Ricardo Nahas, ortopedista e coordenador do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho, na capital paulista. Na prática, isso significa que a pressão transmitida aos membros inferiores quando subimos um lance de escada ou seguramos uma caixa pesada deixa de ser nociva ao tecido cartilaginoso e à ossatura que compõem tornozelos, joelhos e quadris.
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