Ranking avalia suporte dos países ao autocuidado
Primeiro índice que mensura o apoio das nações a um estilo de vida saudável mapeia dez países, entre eles o Brasil, e aponta o que precisa melhorar
![países mais saudáveis](https://gutenberg.saude.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/12/franco-ruarte-Sz1aoOyeIFE-unsplash.jpg?quality=85&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A Federação Global de Autocuidado acaba de publicar o Self-Care Readiness Index, ferramenta inédita que analisa e ranqueia os países de acordo com seu suporte aos pilares do autocuidado — o que inclui alimentação balanceada, atividade física, práticas de higiene e uso consciente de remédios e produtos voltados à saúde.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define autocuidado como “a capacidade de pessoas, famílias e comunidades promoverem e manterem a saúde, prevenirem doenças e lidarem com problemas e incapacidades com ou sem o suporte de um sistema provedor de saúde”.
O novo índice envolve dez nações, entre elas o Brasil, escolhidas após consultas à OMS, e leva em conta quatro critérios — presença de atores e estruturas que viabilizam o autocuidado, empoderamento dos cidadãos, políticas públicas e ambiente regulatório.
Após mergulhar em dados, pesquisas e entrevistas, o trabalho atribuiu notas aos países. “O Brasil obteve uma boa pontuação, ficando em quarto lugar no ranking, atrás apenas de Reino Unido, Estados Unidos e Tailândia”, conta Marli Sileci, vice-presidente executiva da Associação Brasileira da Indústria de Medicamentos Isentos de Prescrição (Abimip), uma das entidades que colaboraram com o mapeamento.
Segundo ela, o estudo mostra que há espaço para ampliar o empoderamento dos pacientes e uma necessidade de formular políticas públicas que promovam o autocuidado. “Ele é altamente estratégico e eficaz para o governo, porque contribui para a construção de um sistema de saúde sustentável”, justifica.
![medicina-mapa mapa global com as notas dos países avaliados no índice](https://gutenberg.saude.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/12/medicina-mapa.png?w=680)
Os pilares do autocuidado
Engajamento individual e programas públicos alicerçam a adesão a esse comportamento
1. Buscar informação confiável: manter-se atualizado e procurar fontes sérias ajuda a filtrar o que fazer (ou não).
2. Ter bons hábitos de higiene: a pandemia valorizou essa prática, que inclui lavagem das mãos e cuidados bucais.
3. Alimentar-se com equilíbrio: aumentar a cota de vegetais e outros alimentos naturais é uma das orientações.
4. Exercitar-se regularmente: pode ser caminhada, natação, ciclismo… O importante é ter mais movimento na rotina.
5. Evitar fatores de risco: aqui entram hábitos e elementos prejudiciais, como cigarro e álcool.
6. Prestar atenção ao seu corpo: vale cultivar o autoconhecimento e ficar de olho em sintomas estranhos.
7. Usar remédios de forma responsável: a ideia é distinguir o que exige ou não prescrição e utilizar com consciência.