Exercício integra nova diretriz para doença cardíaca hereditária
Indivíduos com cardiomiopatia hipertrófica podem se beneficiar de sessões leves ou moderadas após aval médico
Por muito tempo, pacientes com cardiomiopatia hipertrófica, enfermidade frequentemente associada a casos de morte súbita, foram orientados a limitar ou suspender a atividade física.
Tudo para evitar uma descompensação do quadro, que é hereditário e torna o músculo cardíaco espesso e incapaz de bombear o sangue a contento.
No entanto, evidências crescentes indicam que os benefícios dos exercícios superam os riscos potenciais.
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Inclusive, práticas recreativas de baixa a moderada intensidade devem fazer parte do cuidado com a saúde, de acordo com a última diretriz do Colégio Americano de Cardiologia e da Associação Americana do Coração voltada à doença, que afeta cerca de uma pessoa a cada 500.
A encrenca é que muitos casos não são diagnosticados devido à ausência de sintomas (veja o quadro abaixo). Por vezes, a identificação ocorre após um caso de morte súbita.
O problema ganhou fama por vitimar atletas, como o futebolista camaronês Marc-Vivién Foé e os jogadores de basquete americanos Reggie Lewis e Zeke Upshaw.
Também foram vítimas da doença o ator Kristoff St. John, o youtuber norte-americano Caleb Logan Bratayley, aos 13 anos, Kevin Turen, produtor de “Euphoria” e “The Idol” e o empresário João Paulo Diniz, filho de Abilio Diniz. O cantor Elvis Presley também vivia com a condição.
Clique aqui para entrar em nosso canal no WhatsApp“Nesse contexto, antes de liberar o exercício, é necessária uma avaliação criteriosa e uma decisão compartilhada entre médico e paciente”, frisa Alexsandro Fagundes, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.
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A atividade física é contraindicada a pacientes de alto risco, que apresentem arritmias sustentadas, desmaios ou que já tiveram episódios de parada cardíaca.
“Essas pessoas são classificadas como situação de mais alto risco e vão precisar de uma avaliação mais específica porque, às vezes, são candidatas a colocar um desfibrilador ou algum outro tipo de procedimento antes de serem liberadas para a prática de algum exercício mais vigoroso”, sinaliza Fagundes.