Black Friday: assine a partir de 1,00/semana

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

O erro mais comum dos corredores iniciantes

Não é calçado inadequado, roupa quente demais ou passadas inadequadas. Uma especialista revela e desfaz mitos sobre lesões ligadas a esse esporte

Por Raquel Castanharo, fisioterapeuta*
11 abr 2024, 10h14
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Quem começa a correr provavelmente vai ouvir de alguém que “corrida machuca muito”. Aí já começam preocupações com o jeito que o pé bate no chão, com o movimento dos braços e até mesmo para checar se a respiração está correta. Pois nada disso realmente importa! O erro mais comum de um corredor iniciante é se preocupar demais com detalhes que não são tão relevantes e deixar de lado o que o fará correr de forma saudável.

    Para começar o assunto, a corrida não “machuca muito”. O índice de lesão é parecido com outros esportes e, pensando em desgastes das articulações – as temidas artroses -, o sedentarismo é muito pior para o joelho e para o quadril. Isso segundo uma revisão de literatura científica sobre o tema publicada no Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy, em 2017.

    No mais, se a corrida impõe ao corpo algum risco de uma tendinopatia (conhecida popularmente como tendinite) ou dor muscular, ela também promove melhora da saúde mental, a diminuição dos níveis de colesterol ruim, a prevenção de doenças cardiovasculares, a perda de peso e o aumento da expectativa de vida.

    Colocando em uma balança os riscos e os benefícios, fica claro que o saldo para a vida do corredor vai ser extremamente positivo.

    +Leia também: Correr é contagioso, diz estudo

    Ainda assim, como diminuir o risco de lesões? Qual o erro mais comum que o corredor iniciante comete e que acaba gerando um afastamento da prática esportiva?

    Continua após a publicidade

    Em resumo, é ultrapassar o limite que o corpo tem naquele momento, evoluindo rápido demais.

    Depois dos primeiros treinos mais sofridos, a corrida começa a ficar prazerosa, e a vontade de correr aumenta mais e mais. Evoluir é ótimo mesmo, porém é preciso dar tempo para o corpo se adaptar e ser capaz de lidar com esse aumento de demanda.

    Imagine a seguinte situação: alguém passou os últimos anos basicamente sentado em frente ao computador e à TV, quando, de repente, resolveu buscar mais saúde através da corrida. A canela dessa pessoa ainda não está preparada para aguentar muitas passadas com o impacto da corrida. A panturrilha ainda não está forte o suficiente para amortecer bem todo esse impacto.

    Continua após a publicidade

    Só que o corredor iniciante desavisado não segura o ritmo e, aí, acaba correndo mais do que essas estruturas aguentam naquele momento. É aí que acontecem as lesões.

    A evolução deve ser gradativa, sem aumentos bruscos e, de preferência, aumentando a capacidade do corpo através do fortalecimento muscular. Como? Da forma que for mais acessível para cada pessoa. Vale fortalecimentos com elásticos em casa, pilates, crossfit, treinos em academias e circuitos de treinos funcionais…

    Ouvir os sinais que o corpo dá (como o cansaço e o início de dores) e ser fiel ao seu ritmo (e não à alguma pressão social para correr mais e mais rápido) é a chave para uma corrida prazerosa e com risco reduzido de lesões.

    Continua após a publicidade

    *Raquel Castanharo é fisioterapeuta com mestrado em Biomecânica da Corrida pela USP e criadora do movimento Viva Sua Corrida

    Compartilhe essa matéria via:
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.