Noctúria é, em resumo, uma disfunção na qual a pessoa acorda duas ou mais vezes para ir ao banheiro por noite. Relativamente comum em pessoas acima dos 60 anos, ela perturba o sono e aumenta o risco de quedas e escorregões na madrugada. Ainda bem que um novo estudo da Universidade de Nagasaki, no Japão, parece ter apontado uma forma de amenizar tamanha chateação.
No trabalho, alguns voluntários que sofrem de noctúria minimizaram o consumo diário de sal em 25%. Em média, eles passaram de 10,7 gramas para 8 — ainda acima do limite de 5 gramas preconizados pela Organização Mundial da Saúde. Após 12 semanas, a necessidade de esvaziar a bexiga caiu de 2,3 vezes por noite para 1,4.
Por outro lado, aqueles que aumentaram a ingestão de 9,9 para 11 gramas passaram de 2,3 para 2,7 viagens noturnas ao toalete. “Esse é o primeiro estudo a medir como o consumo de sódio afeta a frequência urinária”, disse o autor do estudo, Matsuo Tomohiro, em um comunicado.
Apesar de a análise indicar que ajustes no cardápio — como colocar menos sal nos preparos e valorizar ingredientes naturais — ajudam a contornar o problema, é importante consultar um médico se você estiver acordando para se aliviar. Isso porque a noctúria pode ser sinal de algo mais grave, como falência renal, diabete e hiperplasia da próstata (o aumento desse órgão).
Por aqui, os dados da investigação japonesa soam como um alerta, já que o brasileiro consome, em média, 12 gramas de sal por dia. É mais do que o dobro do recomendado! Como principal consequência, cerca de 15% da nossa população sofre de hipertensão.