Viralizaram nas redes sociais as gominhas vitamínicas para o cabelo, prometendo menos queda e fios mais fortes e bonitos.
Mas, na verdade, elas não são o mar de rosas que propagam as blogueiras. “Em pessoas saudáveis, a suplementação aleatória de vitaminas não interfere nem na queda nem no fortalecimento do cabelo”, afirma Fabiane Mulinari Brenner, coordenadora do Departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
A biotina (vitamina B7), muito presente nesses produtos, de fato melhora a qualidade e a resistência das madeixas.
Porém, é preciso indicação médica para suplementar: “Não se trata de algo inócuo. Suplementos como esses podem interferir em outras áreas do corpo e alterar exames de sangue”, avisa a dermatologista.
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Quando faz sentido suplementar vitaminas?
Entenda o que se leva em conta
A dieta
O primeiro passo é observar se a alimentação já supre as principais fontes de vitaminas e ajustar o que for preciso.
O profissional
Médicos e nutricionistas avaliam o estado do paciente e só costumam prescrever suplementos quando diagnosticam carências nutricionais.
A dosagem
Ela é definida com base na deficiência da vitamina. O problema dos suplementos genéricos é que não atendem as necessidades específicas.
O tempo de uso
A não ser que haja uma doença ou carência crônica, as suplementações têm prazo limitado. E não dispensam uma boa dieta.
A segurança
Seguindo a prescrição, a suplementação é segura e bem-vinda. Mas vale se informar também sobre a qualidade do produto a ser adquirido.
O ideal é que qualquer suplemento, mesmo as gominhas de vitamina, seja utilizado sob orientação de um profissional de saúde. As gomas inclusive podem conter açúcar, o que afeta os níveis de glicose no sangue.