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O que você precisa saber sobre castração de pets

O procedimento é seguro, evita superpopulação e previne doenças nos animais

Por Goretti Tenorio
Atualizado em 16 ago 2023, 14h12 - Publicado em 15 ago 2023, 17h21
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  • É natural sentir receio na hora de decidir castrar o gato ou o cachorro de estimação.

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    Com os cuidados certos e feita por profissionais habilitados, porém, a esterilização cirúrgica ocorre de forma tranquila. E ainda acaba sendo um fator de proteção a mais para a saúde do bichinho.

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    O procedimento evita que o tutor seja surpreendido por uma ninhada inesperada e o consequente aumento nos custos para manter os animais. Esse imprevisto, muitas vezes, leva ao abandono dos filhotes.

    A superpopulação de cães e gatos soltos por aí sem cuidados, aliás, é responsável pela propagação de doenças como raiva, leptospirose e leishmaniose.

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    A preocupação com os reflexos disso na saúde pública é tamanha que desencadeou a criação de serviços como o Programa Permanente de Controle Reprodutivo de Cães e Gatos, da Prefeitura de São Paulo, que oferece a castração gratuitamente desde 2021.

    + Leia também: Como adaptar a casa para a chegada de um novo gato?

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    Por que animais domésticos devem ser castrados?

    Além do controle populacional, há vantagens para o próprio pet. “Os bichos castrados têm maior expectativa de vida em relação aos não castrados”, diz a veterinária Maíra Franco de Andrade, diretora da divisão de controle da população de cães e gatos da Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico da Prefeitura de São Paulo (Cosap).

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    O procedimento reduz a incidência de doenças do trato reprodutivo, como tumor de mama e infecções no útero nas fêmeas e de próstata nos machos”, completa.

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    Todo animal pode ser castrado?

    Maíra Andrade esclarece que, a princípio, todo cão e gato pode ser submetido à intervenção.

    “Entretanto, a condição de saúde desses animais é determinante para a realização da cirurgia, por isso eles devem passar por avaliação pré-operatória”, avisa.

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    Para garantir mais segurança, o veterinário pode solicitar exames de sangue e mesmo uma avaliação cardiológica antes de atestar que o pet está apto a enfrentar o bisturi.

    + Leia também: Anestesia garante segurança aos pets

    De acordo com cartilha do Conselho Federal de Medicina Veterinária, por exemplo, quando castrada antes do primeiro cio, uma cadela passa a ter menos de 1% de risco de desenvolver tumores de mama.

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    A partir de que idade pode castrar o animal? E há um limite que não pode ser ultrapassado?

    “No programa municipal de castração gratuita, está previsto atendimento para cães e gatos acima de 90 dias de vida e até 10 anos, sempre respeitando a avaliação veterinária”, explica Maíra.

    A recomendação é que a cirurgia aconteça quando o animal atinge a maturidade sexual, em geral entre os 6 e 10 meses de idade.

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    Esterilização é um fator de proteção à saúde dos animais (Foto: Victor Grabarczyk/Unsplash/Divulgação)

    Como é feita a castração de machos e fêmeas?

    A cirurgia é minimamente invasiva e rápida. “Ela consiste na remoção dos órgãos reprodutores, testículos ou ovários e úteros, com liberação do animal poucas horas após o procedimento”, conta Maíra.

    O bichinho passa por anestesia geral e todo o processo é realizado em cerca de 1 hora e meia.

    “São aplicadas medicações analgésicas, anti-inflamatórias e antibióticas e, quando há indicação, o veterinário prescreve remédios para uso em casa”, descreve a veterinária da Cosap.

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    Como é o pós-operatório?

    A anestesia geral requer um tempo de aproximadamente duas a três horas de recuperação pós-cirurgia.

    “Já em casa, é importante manter o animal em local limpo, com acesso a água e comida e em área restrita para que não cometa excessos, como pular do sofá”, orienta Maíra.

    Roupas cirúrgicas e colares são bons recursos para impedir o animal de lamber ou mordiscar o local da cirurgia.

    O veterinário determina a data para uma consulta de retorno para retirar os pontos e avaliar a cicatrização da região.

    + Leia também: Atividade física com pets exige cuidados

    É verdade que eles mudam de comportamento após a cirurgia?

    Na maioria dos casos, os pets passam a apresentam maior docilidade no comportamento.

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    Isso porque há uma diminuição no instinto de demarcação de território, aquela história do cachorrinho fazendo xixi em vários lugares. “O processo também minimiza o impulso de avançar nas pessoas para proteger seu espaço”, observa Maíra.

    A castração evita ainda os miados altos e constantes das gatas no cio. São mudanças que costumam facilitar o manejo diário com o animal.

    O procedimento causa obesidade? Há outras repercussões?

    Como o animal fica mais calmo após a cirurgia, em geral diminui bastante a atividade física. “Se não tiver estímulos para gasto de energia, como passeios e brincadeiras, ele poderá, sim, aumentar o peso”, alerta Maíra.

    Mais raramente, e só quando o procedimento é feito muito precocemente em fêmeas, ocorrem casos de incontinência urinária.

    Há situações em que a castração é indispensável?

    A intervenção só é obrigatória se for identificada alguma doença cujo tratamento é cirúrgico.

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    “É o caso da piometra, infecção bacteriana do útero, ou do testículo ectópico, quando um ou dois testículos ficam localizados na cavidade abdominal e não descem para a bolsa escrotal”, exemplifica Maíra Andrade.

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