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O que fazer em caso de mordida de cachorro? Saiba os primeiros socorros

Procure atendimento de emergência mesmo em mordidas leves caso não haja certeza se o cão é vacinado

Por Sílvia Lisboa
15 Maio 2024, 18h14
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Mordidas de cachorro em geral não são graves, mas o risco de infecção por raiva exige atenção especial (aleksandarlittlewolf/Freepik)
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Ninguém está livre de uma mordida de cachorro. Até mesmo os animais de estimação mais dóceis podem reagir com mordidas quando estão com dor ou se sentindo ameaçados.

Em geral, as mordidas de cães não são graves e fazem pequenos ferimentos, que devem ser lavados com água e sabão imediatamente. Em seguida, é recomendado pressionar o local com um pano limpo. Não tape o machucado com ataduras ou esparadrapos se não houver sangramento. Em seguida, procure ajuda médica.

+Leia também: Raiva: todo mês pode ser o “mês do cachorro louco”

Quando tomar a vacina antirrábica após a mordida

Por mais benignas que possam ser, as mordidas de cachorro são um problema de saúde pública que requer atenção, pois podem transmitir doenças graves como o tétano e a raiva humana.

Os médicos que atendem as vítimas devem informar a ocorrência ao Ministério da Saúde preenchendo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), e os pacientes podem ser encaminhados para tomar a vacina antirrábica.

O ideal é identificar o animal e seu tutor para que seja possível saber se o animal é vacinado. Se o animal estiver coma vacinação em dia, não é indicado tomar a vacina antirrábica (a imunização dos cães é anual).

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Mas, se houver sinais de que o animal está contaminado, ele deve tomar o soro antirrábico; e a vítima, a vacina antirrábica.

Na ausência de comprovante de vacinação do cachorro ou se essa informação for desconhecida, a imunização de forma profilática também é indicada. Em todas as circunstâncias, procure um serviço de saúde público para receber o atendimento-padrão para este tipo de caso.

Quais as complicações da mordida de cachorro

Casos de raiva humana são muito raros no Brasil. É importante observar que os cães não são os únicos transmissores.

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Entre 2010 a 2023, o Ministério da Saúde (MS) identificou apenas 47 contágios em humanos pelo país, sendo nove resultantes de cães – a maioria dos casos (24) são de morcegos. Mas a raiva é uma doença muito grave e com alta letalidade quando é diagnosticada já na fase sintomática. Dos casos registrados, apenas duas pessoas sobreviveram.

A raiva causa encefalite progressiva e aguda. Por isso, procurar atendimento médico de emergência após o acidente é tão importante. Além disso, lambidas de cães podem transmitir bactérias que causam infecções locais, o que exige atendimento especializado.

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