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FIV: conheça os sintomas e saiba como é transmitida a “aids felina”

Doença é incurável, mas gatos que testam positivo para o vírus podem ter vidas longas e saudáveis

Por Valentina Bressan
16 jul 2024, 16h17
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  • Antes de um gatinho adotado chegar em sua nova casa, o protocolo veterinário indica que ele faça testes de FIV e FeLV. As doenças, respectivamente conhecidas como Aids e leucemia felinas, são incuráveis e podem ser transmitidas para outros gatos. Por isso, é importante ter o resultado antes de deixar o gato conviver com outros.

    O que é a FIV

    O vírus da imunodeficiência felina (FIV, na sigla no inglês) é uma infecção viral que, de forma similar ao HIV em pessoas, afeta o sistema imunológico dos gatos e os torna mais vulneráveis a doenças oportunistas.

    Apesar de não existir cura para a doença, gatos positivos para a FIV podem viver de forma saudável por vários anos, desde que a condição seja monitorada e as melhores condições possíveis sejam oferecidas para garantir sua imunidade.

    +Leia também: Como adaptar a casa para a chegada de um novo gato?

    Qual a forma de transmissão?

    O vírus da imunodeficiência felina é transmitido por meio do contato da saliva de gatos infectados com feridas, que podem ser causadas por mordidas ou arranhões. É comum que a doença seja adquirida quando os felinos brigam.

    A FIV de gatos não passa para humanos ou para outras espécies de animais. A doença também não é transmitida através do compartilhamento de potes de água ou comida, mas animais infectados não podem conviver com bichos sem o vírus.

    Quais os sintomas de FIV?

    A FIV é classificada em três fases. A primeira, aguda, ocorre de 1 a 3 meses após a infecção. O vírus se reproduz nos leucócitos e nos linfonodos. Sintomas como febre, apatia e falta de apetite podem aparecer nesse período.

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    A fase assintomática ou latente pode durar de meses a anos. A FIV pode ser notada em anormalidades no sangue, como baixa contagem de leucócitos e aumento na quantidade de proteínas no sangue. O gato pode permanecer nessa fase por vários anos, e viver uma vida saudável.

    Alguns outros sintomas devem acender o sinal de alerta para FIV:

    A fase crônica ocorre quando o sistema imune do gato fica comprometido e, com a doença ativa, outras bactérias, vírus e fungos podem causar doenças graves. É o caso da esporotricose – uma micose que pode se transformar em um problema sério.

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    Quando as condições se agravam, o foco do tratamento passa a ser garantir o bem-estar paliativo do animal.

    Quando testar para FIV?

    Sempre que um gato é adotado e, especialmente quando vai conviver com outros felinos, é essencial testá-lo para FIV e FeLV antes de deixá-lo entrar em contato com os outros bichos.

    Podem ocorrer casos de falso negativo, porque, após a infecção, pode levar de 2 a 6 meses para que o gato desenvolva anticorpos. Como o exame detecta anticorpos, é necessário repetir o teste em 60 dias.

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    Alguns casos, menos comuns, podem atestar um falso positivo: quando a gata mãe tem diagnóstico positivo e transmite anticorpos para o filhote.

    Tratamento para a FIV

    A FIV não tem cura, mas gatinhos positivos para o vírus podem viver bem, por longos anos. O essencial é manter a imunidade deles forte. Evite contato com felinos doentes e ofereça a melhor qualidade de vida possível para o bichano.

    Isso inclui disponibilizar alimentação de qualidade, incluindo alimentos úmidos para melhorar a hidratação, manter vacinas e vermífugos em dia e fazer exames de rotina. Suplementação nutricional específica pode ser indicada conforme avaliação veterinária. Comida crua, como carne e ovos, bem como produtos não pasteurizados, devem ser evitados para driblar infecções oportunistas.

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    Também é recomendável castrar os gatos, já que os bichos castrados têm menor tendência de brigar.

    Existe vacina para FIV?

    Vacinas contra a FIV estão disponíveis em alguns países do mundo, mas não no Brasil.

    De qualquer forma, é recomendado que o gato receba todas as vacinas recomendadas pelo veterinário, para evitar infecções oportunistas, já que a imunidade deles pode ficar debilitada.

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    Veja outras doenças que acometem os pets

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