A gente acompanha contagens de mortos quase diariamente, mas discute muito pouco o luto de quem ficou. Isso sem contar que a crise do coronavírus desperta uma espécie de luto coletivo na comunidade. Neste episódio do podcast Detetives da SAÚDE, a gente quer tirar o tapete da sala e falar sobre como é o luto em um momento como o atual, onde os ritos fúnebres exigem adaptações, o contato físico fica pra lá de limitado e por aí vai. E, claro, como lidar com a pessoa enlutada sem ser frio ou, por outro lado, invasivo. Ouça:
Uma das nossas convidadas é a psicóloga Daniela Achette, do comitê de psicologia da Academia Nacional de Cuidados Paliativos. “Na pandemia, há um sofrimento em comum. Isso pode gerar empatia com o luto do outro, mas também aumenta o risco de o enlutado ser visto só como ‘mais um'”, afirma.
A jornalista Juliana Dantas, criadora do podcast Finitude (que fala sobre o fim da vida), também participa do episódio. Entre outras coisas, ela destaca a necessidade de garantirmos a dignidade da pessoa que morreu e a do enlutado, principalmente durante a pandemia de Covid-19. E aborda iniciativas que têm ajudado as pessoas a lidarem com o luto, como o Festival inFINITO 2020, que discute depressão, suicídio, cuidados paliativos, morte etc.
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