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Saúde bucal é prejudicada por abalos emocionais

Quadros psiquiátricos chegam a triplicar risco de perda dos dentes

Por Larissa Beani
31 Maio 2024, 09h11
saude-bucal-emocional
Saúde mental e bucal estão mais conectadas do que você imagina (Jonatan Sarmento/Veja Saúde)
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Transtornos mentais podem, literalmente, apagar o sorriso. É o que expõe uma revisão de estudos sobre o elo entre a saúde bucal e a psíquica. Segundo o artigo, publicado pela revista científica Psychosomatic Medicine, pessoas com quadros psiquiátricos graves têm um risco 2,8 vezes maior de perder os dentes.

“Problemas emocionais diminuem a nossa disposição a se cuidar e prejudicam a manutenção de hábitos de higiene”, explica a dentista Livia Sekiguchi, da Clínica Omint Odonto e Estética (SP).

O próprio tratamento de depressão e afins pode comprometer as coisas. “Muitos remédios deixam a boca seca, favorecendo o desequilíbrio das bactérias da região e prejudicando a proteção natural que envolve os dentes”, nota Livia.

Além disso, condições como bruxismo, que desgasta os dentes, costumam estar ligadas a ansiedade e outros transtornos.

+ Leia também: O impacto da reabilitação oral na autoestima dos brasileiros

Para manter o sorriso

O autocuidado passa pela boca — diariamente

Higiene básica

Escovar os dentes após cada refeição e passar fio dental é imprescindível. Caso use aparelho, o cuidado deve ser redobrado.

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Acompanhamento

O recomendado é agendar uma visita ao dentista a cada semestre para fazer a limpeza dos dentes e checar toda a boca.

Previsto em bula

Raramente é preciso trocar psicotrópicos por causa de problemas odontológicos, mas os efeitos colaterais podem demandar ajustes com o dentista.

Dieta balanceada

Evite bebidas e alimentos açucarados, que aumentam o risco de desenvolver cáries. Álcool e fumo também são nocivos à boca.

+ Leia também: O cuidado com a saúde bucal não tem idade

Perda dental derruba o ânimo

Numa via de mão dupla, o cuidado com a boca pode agregar pontos à saúde mental, sobretudo com o envelhecimento. É o que constata uma pesquisa japonesa com 218 pessoas acima dos 60 anos. A manutenção dos dentes foi ligada, na análise publicada na PLOS One, a maiores índices de bem-estar e autoestima.

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A questão se torna mais crítica quando lembramos que a perda dentária se acentua na velhice, podendo comprometer a qualidade de vida em vários aspectos. “Problemas odontológicos nessa faixa etária podem gerar limitações alimentares, pela dificuldade de mastigação e deglutição, e maior isolamento social, por causa da vergonha de sorrir ou falar em público”, observa a dentista Livia Sekiguchi.

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