Rubéola: vacinação é medida principal para evitar retorno da doença
Apesar de geralmente causar sintomas brandos, rubéola pode levar a complicações graves e até a morte em alguns casos. Mas tem prevenção
A rubéola é uma doença altamente contagiosa, causada por um vírus, que só foi considerada eliminada em 2015 por um grande esforço mundial de vacinação.
Apesar de não causar sintomas graves na maioria dos casos, ela é especialmente perigosa para crianças e para mulheres grávidas – que podem passar o patógeno para o feto e causar malformações congênitas, dentre outros problemas.
A vacina tríplice viral, implementada a partir de 1992 no Brasil, foi a grande responsável pela virada contra a rubéola. Ela previne não só contra a rubéola mas também contra o sarampo e a caxumba.
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Quais os sintomas da rubéola?
Os sintomas da rubéola, em geral, não são graves. O mais comum é ocorrer:
- Febre baixa;
- Inchaço dos linfonodos;
- Tosse seca;
- Coriza;
- Surgimento de manchas rosadas no rosto, que se espalham pelo corpo;
- Presença de pequenas manchas brancas na mucosa da boca;
- Conjuntivite.
Os casos mais severos costumam ocorrer em crianças e em grávidas. Se transmitida para o feto ou bebê, a rubéola pode deixar sequelas como glaucoma, catarata, surdez e causar malformação cardíaca e retardo no desenvolvimento.
Outras complicações mais raras incluem pneumonia, meningite, cegueira e convulsões.
Há um teste para detecção do vírus da rubéola, que permite descartar casos de doenças com sintomas similares, como sarampo, dengue, viroses e outras infecções.
Cuidados para evitar a transmissão
A rubéola é altamente contagiosa. A principal forma de contágio é através do contato com secreções do nariz e garganta de pessoas infectadas, que transmitem a doença ao tossir, falar, respirar ou espirrar.
A infecção por contato com superfícies infectadas é menos comum, mas o vírus fica ativo no ar e em superfícies por até duas horas. Para prevenir doenças no geral, é importante lavar as mãos com frequência e cobrir o nariz e a boca ao espirrar. Em casos confirmados de rubéola, é recomendado o isolamento.
A doença é mais transmissível dois dias antes e dois dias depois do surgimento das manchas na pele, mas segue sendo transmitida no período de 5 a 7 dias anteriores e posteriores ao aparecimento dessas manchas.
O principal cuidado para prevenir a rubéola é a vacinação. Antes de a vacinação ser implementada globalmente, na década de 1980, a rubéola causava 2,6 milhões de mortes por ano no mundo.
No Brasil, a vacina tríplice viral deve ter a primeira dose aplicada em crianças com um ano de idade e a segunda dose, entre os quatro e seis anos. Adolescentes e adultos também devem se vacinar, mas gestantes não podem receber o imunizante.
Existe tratamento para rubéola?
Não existe tratamento específico para rubéola. Os remédios indicados visam aliviar os sintomas e prevenir complicações. É importante permanecer hidratado e doses de vitamina A podem ser recomendadas para driblar problemas oculares que podem ser provocados pelo vírus.
A maioria das pessoas se recupera dentro de três semanas. Crianças e pessoas com imunidade reduzida, bem como pessoas desnutridas, podem ter complicações. Caso a doença se prolongue, busque sempre orientação médica.