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Raspadores de língua: mitos e verdades sobre a tendência do TikTok

Os efeitos dos limpadores ajuda, mas não é uma solução milagrosa ou solitária para os problemas de halitose (mau hálito)

Por João Antonio Streb
3 Maio 2024, 13h04

A prática de raspagem e limpeza da língua não é algo novo. Os primeiros registros aparecem na Índia alguns séculos atrás, sendo feito com uma diversidade de materiais, como madeiras, metais, marfim e osso). Mas é no Ocidente que o uso dos raspadores de língua tem ganhado espaço entre os artifícios de higiene bucal nos últimos anos, algo intensificado por tendências no TikTok.

Mas, no fim das raspadas, dá para dizer que esse processo realmente é benéfico para nossa saúde?

O principal ganho que relacionam com a raspagem é o auxílio no combate à halitose, o popular mau hálito. De fato, essa técnica de limpeza auxilia em manter a higiene, aspecto diretamente relacionado com evitar o cheiro forte na boca. No entanto, a halitose é uma condição com diversas origens.

+Leia também: O que é halitose, quais as causas e os tratamentos e como prevenir

Quais são os tipos de halitose que os raspadores de língua podem combater?

O mau-hálito pode ser dividido em dois grupos: imaginário ou real. Isso mesmo! É porque algumas pessoas acabam sofrendo com uma percepção psicológica de um mau cheiro que não está lá. Elas se dividem em:

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  • Pseudo-halitose: o paciente indica que tem mau-hálito, mesmo que não seja percebido por ninguém, portanto é muito difícil de realizar um diagnóstico objetivo.
  • Halitofobia: é uma preocupação constante com a halitose e mesmo após o tratamento segue com a percepção de um mau-hálito que não existe.

Para quem sofre com essa percepção de que tem bafo, mas ele não existe na verdade, um raspador de língua obviamente não ajudará – embora possa servir como um placebo para a pessoa se sentir mais tranquila em relação ao próprio hálito.

Já a halitose real incomoda mesmo outras pessoas e em alguns casos pode se beneficiar de um raspador de língua, desde que outros hábitos de higiene bucal também sejam incorporados à rotina. Essa halitose é dividida em dois tipos:

  • Patológica: podendo ser oral, extra-oral, relacionada ao sistema respiratório ou outras partes do corpo. Essa variação é mais ampla e inclui doenças que tenham halitose como um sintoma, a exemplo do diabetes.
  • Fisiológica: é o tipo de mau-hálito em que os limpadores são mais úteis, já que é uma condição transitória e relacionada diretamente com a higiene. Mitigada pela raspagem da língua, é causada pela falta de limpeza, consumo de álcool, cigarro e comidas fortes (cebola e alho, por exemplo), ou seja, necessita também da mudança de outros hábitos.

Como utilizar o raspador de língua?

A saburra lingual é uma massa que fica depositada na língua, composta por células descamadas, muco, saliva, bactérias e restos alimentares. Os principais causadores da halitose fisiológica são os compostos sulfurados voláteis (CSVs) que ficam nessa massa que costuma aparecer mais no dorso lingual, aquela cavidade central que divide a língua.

O processo de limpeza é simples, apesar de ter algumas recomendações:

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  1. Utilize o limpador/raspador durante a manhã
  2. Segure a ponta da língua com uma gaze
  3. Raspe delicadamente a região, puxando o limpador em direção ao queixo
  4. Utilize a gaze para depositar o excesso de saburra

Especialistas recomendam a alternância entre o uso de raspadores e escovas de perfil baixo, próprias para limpeza da língua. Se não ocorrer uma mudança de hálito após as limpezas, recomenda-se uma consulta com o dentista para determinar de forma mais precisa o agente causador do problema.

Existe algum risco na utilização de raspadores de língua?

Até o momento não foram encontradas consequências negativas da inclusão do hábito da limpeza de língua na rotina, sejam elas diretas ou indiretas. No entanto, especialistas ressaltam a importação da raspagem delicada para não machucar a superfície lingual.

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