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Radar da saúde: queda na vacinação infantil e outros destaques

Análise global confirma que a imunização sofreu baixas de 2010 para cá. Veja esta e outras notícias no radar de VEJA SAÚDE

Por Diogo Sponchiato
21 set 2021, 16h13
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  • Um dos periódicos mais respeitados pela comunidade médica e científica, o The Lancet, tocou o alarme com a publicação de um estudo com dados de 204 países comprovando que os progressos na vacinação das crianças estagnaram ou foram revertidos na última década.

    Sim, em boa parte do mundo, as metas não estão sendo alcançadas ou, pior, vêm caindo ano a ano — o Brasil não foge à regra. Apenas 11 nações conseguiram bater o objetivo de imunizar ao menos 90% do público infantil contra uma série de doenças — tétano, difteria, coqueluche e poliomielite, por exemplo.

    Em outra análise, divulgada na mesma publicação, especialistas apontam que a pandemia de Covid-19 embolou ainda mais as coisas. As taxas de imunização começaram a cair efetivamente a partir de 2010, com mais famílias acreditando que as picadas eram dispensáveis e menos campanhas públicas de conscientização e vacinação.

    ilustração de soldados britânicos com injeções de remédio
    (Ilustração: Augusto Zambonato/SAÚDE é Vital)

    Passado: 80 anos de penicilina na veia

    O primeiro antibiótico da história estreou oficialmente numa injeção aplicada em um oficial de polícia britânico. À época, os cientistas sofriam para obter o medicamento purificado e o paciente acabou falecendo após uma breve melhora. Pouco tempo depois, com algumas evoluções técnicas, foi possível ampliar a produção da droga, usada ainda hoje contra bactérias.

    ilustração de cérebro com chip e lupa
    (Ilustração: Augusto Zambonato/SAÚDE é Vital)
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    Futuro: diagnóstico em escala nano

    Nanodispositivos são uma das promessas da medicina para investigar doenças de difícil detecção precoce. Nessa linha, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) investe nessa tecnologia para inspecionar, em meios líquidos, a presença da dopamina, um neurotransmissor em falta em doenças neurológicas como Parkinson.

    foto de mapa do brasil com uma ampulheta ao lado
    (Ilustração: Augusto Zambonato/SAÚDE é Vital)

    Um lugar: Brasil, onde remédio recebe aval mas não chega à população

    Um medicamento para conter a retinopatia diabética, mal que leva à cegueira, foi autorizado a ser incorporado pelo SUS em novembro de 2019 e, até agora, não chegou à rede pública. Por lei, o governo deve disponibilizar remédios incorporados no prazo de 180 dias, o que não aconteceu e motiva um manifesto de oito entidades médicas e de apoio a pacientes.

    ilustração de números com remédios
    (Ilustração: Augusto Zambonato/SAÚDE é Vital)
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    Um dado: 313,9 bilhões de reais em gastos voltados à saúde

    Despesas com medicações, consultas, convênios e afins se mantêm em alta no país. Segundo a Pesquisa IPC Maps, focada no potencial de consumo em cima de dados oficiais, o setor de saúde deve movimentar até o fim deste ano mais de 313 bilhões de reais, um crescimento de quase 14% em relação a 2020 e de 22% em comparação com o ano de 2019.

    ilustração de médicos americanos autores da frase
    (Ilustração: Augusto Zambonato/SAÚDE é Vital)

    Uma frase: Lorenzo Cohen e Alison Jefferies

    “O que fica cada vez mais evidente, com base em ciência sólida e em nossa capacidade aperfeiçoada de medir e documentar os efeitos biológicos das mudanças de estilo de vida, é que uma mudança abrangente de estilo de vida, combinada aos cuidados convencionais para combater o câncer, é um remédio potente que pode ajudar a controlar e potencialmente prevenir a doença.”

    Lorenzo Cohen e Alison Jefferies, médicos e autores do livro Vida Anticâncer (Fontanar)

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