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Quem deve ficar isolado por causa do novo coronavírus?

Ministério da Saúde atualiza quais pessoas precisariam fazer isolamento domiciliar por causa do novo coronavírus. E não é só quem tem sintomas da Covid-19

Por Theo Ruprecht
Atualizado em 18 ago 2020, 10h48 - Publicado em 12 mar 2020, 15h55
coronavirus quem deve ficar isolado?
Algumas pessoas precisam ficar isoladas em casa para evitar a transmissão do novo coronavírus. (Ilustração: Henri Campeã/Ileine dos Santos/SAÚDE é Vital)
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No dia 12 de março, membros do Ministério da Saúde divulgaram recomendações sobre quais pessoas devem ficar isoladas por causa do novo coronavírus (chamado de Sars-Cov-2). Embora nenhuma região do país esteja em quarentena no momento, as autoridades ressaltaram que certos indivíduos deverão permanecer em casa ou, em casos graves, no hospital — com o objetivo de minimizar o avanço transmissão local.

Antes de tudo, cabe destacar que a decisão de optar pelo isolamento passa pela avaliação de um médico. Pois bem: a situação mais óbvia é a de quem já recebeu a confirmação de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. Eventuais casos assintomáticos da enfermidade que foram diagnosticados também exigem a medida.

Além disso, casos suspeitos que estão sendo investigados pedem isolamento. Se o exame der negativo, a pessoa fica livre, de acordo com as orientações do Ministério da Saúde.

Outro grupo que pode ser isolado é o dos brasileiros que mantém contato próximo com alguém infectado (ou com suspeita disso). “Mas é um contato domiciliar, não eventual”, disse Wanderson Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, em coletiva à imprensa. “É o filho, a filha, o companheiro, a tia que mora junto. E não a pessoa que teve um contato eventual”, diferenciou. Se passar a apresentar sintomas, esse pessoal deve realizar exames para verificar a presença do Sars-Cov-2.

É possível que você pegue o novo coronavírus só de ficar perto um tempinho de alguém infectado? Sim, porém a probabilidade é menor do que a de quem vive com a pessoa. E, segundo Wanderson Oliveira, não seria prudente no momento sugerir que qualquer um que passou ao lado de um caso confirmado seja isolado.

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No dia 13 de março, o Ministério da Saúde incluiu todos os viajantes internacionais na lista de pessoas que devem ficar isoladas. Ao retornarem, eles precisam permanecer em casa por sete dias. Se febre com tosse e falta de ar surgirem, a recomendação é procurar uma unidade de saúde. Manifestar apenas tosse, ou apenas coriza, ou apenas mal-estar, ou apenas febre, uma opção é ligar para o 136 para que uma equipe de saúde passe as devidas orientações.

Como o isolamento é feito

Pessoas com sintomas leves ou que têm contato próximo com alguém infectado devem permanecer em casa. O hospital fica restrito para os episódios mais severos.

A princípio, o isolamento do paciente dura 14 dias — ou até o fim dos sintomas. Entretanto, esse período pode ser prorrogado se tosse, falta de ar e outros sinais respiratórios persistirem.

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Os outros moradores da casa devem seguir o mesmo protocolo. Contudo, é possível que o médico peça para essa turma aguardar mais duas semanas após o fim dos sintomas do ente querido. Isso para ter certeza de que, nos últimos dias de infecção, o doente não transmitiu o novo coronavírus para eles. Outra possibilidade é realizar exames laboratoriais, porém isso não é um consenso. Converse com o profissional de saúde.

A diferença entre isolamento e quarentena

Que fique claro, as medidas acima são distintas de uma situação de quarentena, como a que acontece na Itália (saiba mais em VEJA). Nesse cenário, a população em geral passa por restrições de movimentação. Em paralelo, estabelecimentos podem ser fechados, eventos deixam de ser realizados…

Acima disso, quem não seguir as recomendações de uma eventual quarentena está sujeito a sanções judiciais. E, de novo, as medidas são consideravelmente mais extremas do que deixar pacientes, seus familiares e casos suspeitos fechados em casa por algumas semanas.

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Um estado de quarentena tem o objetivo de frear a transmissão do vírus para que o sistema de saúde consiga lidar com um provável aumento no fluxo de pacientes. O governo não nega que um dia certas regiões do Brasil possam demandar essa medida. Porém, alega que não chegamos a esse momento.

“Nós criamos uma portaria que regulamenta uma possível quarentena. Mas não temos nenhum local que necessite dessa estratégia”, afirmou Wanderson Oliveira.

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