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Poluição de automóveis é ligada à degeneração macular relacionada à idade

Cientistas encontram uma associação entre essa doença que afeta a visão e poluentes emitidos por veículos

Por Maria Tereza Santos
Atualizado em 5 set 2019, 11h04 - Publicado em 29 ago 2019, 17h52

As vias respiratórias não são as únicas prejudicadas pela poluição das grandes cidades. Os olhos também são vítimas da sujeira atmosférica, como mostra um estudo de diversas instituições de Taiwan. Segundo ele, o monóxido de carbono (CO) e o dióxido de nitrogênio (NO2), gases liberados pelo escapamento de carros, elevariam a possibilidade de pessoas acima dos 50 anos desenvolverem degeneração macular relacionada à idade.

Essa doença surge quando as células de uma pequena região da retina — a mácula — morrem. Dessa forma, o indivíduo vai perdendo a visão aos poucos. O campo de visão começa a embaçar e, depois, aparecem pontos escuros. Se nada for feito, ela pode causar cegueira.

A causa da degeneração macular ainda não foi descoberta, mas se sabe que o avançar da idade é um fator de risco. Daí porque os estudiosos se concentraram na exposição prolongada a poluentes nos indivíduos mais velhos.

Os cientistas utilizaram dados de 39 819 taiwaneses acima dos 50 anos sem a enfermidade. Entre eles, 30% moravam em áreas bem urbanizadas.

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De 2000 a 2010 — o período monitorado —, 1 442 participantes desenvolveram o problema. Em paralelo, os pesquisadores coletaram informações sobre a qualidade do ar de 1998 a 2010 em Taiwan. Eles basicamente consideraram as médias de cada ano para a investigação.

Depois, ajustaram outros fatores de risco, como idade, sexo, renda familiar e algumas condições que provocam a perda progressiva da visão (como a hipertensão, por exemplo). Tudo para que essas questões não interferissem no resultado final.

Após tanto trabalho, veio o resultado: quem foi exposto a altos níveis de dióxido de nitrogênio era quase duas vezes (91%) mais propenso a receber o diagnóstico de degeneração macular. Isso em comparação à turma que vivia em locais com baixas concentrações do gás. Além disso, a possibilidade de pessoas que inalam elevados índices de monóxido de carbono manifestarem a doença era 84% maior.

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No entanto, por ser um estudo observacional, ele não estabelece uma relação de causa e efeito — trata-se apenas de uma associação. Ou seja, outros fatores típicos de locais poluídos poderiam interferir nos resultados. Os autores também lembram que não consideraram questões como tabagismo e genética.

De qualquer forma, estudos anteriores constataram que o NO2 afeta a saúde cardiovascular e a dos nervos e neurônios. Portanto, ele poderia comprometer o abastecimento de sangue no olho e danificar estruturas que transmitem os estímulos visuais para o cérebro.

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