Quem diria que uma pimenta de sabor adocicado, comum em beiras de rios, pode ser uma boa forma de contra-atacar o Staphylococcus aureus (MRSA), um micróbio perigoso e resistente à penicilina. A descoberta é da Universidade de Emory, nos Estados Unidos — ela só foi possível porque os pesquisadores observaram que curandeiros usavam a planta para tratar infecções de pele e de outros tecidos, como o muscular.
Pelo visto, um composto achado na tal aroeira-vermelha é capaz de reprimir um gene importante da bactéria MRSA. “Basicamente, ele a desarma, prevenindo que solte as toxinas que usa como arma. Assim, o sistema imunológico tem mais chances de curar uma ferida”, disse Cassandra Quave, líder do estudo, em um comunicado.
Essa substância da pimenta foi testada em ratos com infecções cutâneas. Além combater o problema, não mostrou ser tóxica para a pele do animal.
Ela também foi testada em células humanas criadas em laboratório, e não causou nenhum tipo de complicação. Apesar de não matar o micro-organismo nocivo, o subproduto da aroeira-vermelha pode aprimorar a resposta imune do corpo, principalmente quando combinada com outros tratamentos. Agora é esperar para ver se os especialistas conseguirão criar um tratamento eficaz a partir de mais esse tesouro nacional.
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