Óculos especiais e cannabis: novas estratégias contra enxaqueca
Acessório à venda no exterior filtra raios de luz envolvidos com a dor de cabeça; e estudo do Einstein vai avaliar efeito da cannabis no alívio das crises
![óculos contra enxaqueca](https://gutenberg.saude.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/03/489_medicina-oculos-para-enchaqueca-bloqueio-luz.png?w=1280&h=720&crop=1)
Há anos pesquisadores investigam o uso de certas lentes coloridas na redução de crises de enxaqueca. Isso porque os raios luminosos podem disparar ou intensificar os episódios dolorosos. Pois uma empresa americana, a Avulux, criou óculos especiais para essa finalidade e traz novos achados a respeito.
Numa análise comparando 78 voluntários que utilizaram seu produto ou uma versão similar, só que sem o filtro de luz, observou-se que aqueles que utilizaram o dispositivo de verdade nos primeiros sinais de uma crise relataram menos incômodos com a dor e a luminosidade.
Os resultados do experimento ainda precisam ser revisados e publicados em periódicos científicos. De qualquer forma, o trabalho soma pontos à estratégia de controlar o problema, intimamente conectado com fotofobia e alterações visuais, por meio de lentes ou óculos especiais.
O produto da Avulux já foi aprovado e está à venda nos EUA — mas ainda não há previsão de chegar ao Brasil.
![óculos para enxaqueca gráfico sobre efeito de óculos para dor de cabeça](https://gutenberg.saude.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/03/489_medicina-oculos-para-enchaqueca-bloqueio-luz-esquema.png?w=720)
Médicos testam cannabis contra enxaqueca
![cannabis e enxaqueca ilustração de folha de maconha](https://gutenberg.saude.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/03/489_medicina-cannabis-contra-dor-de-cabeca.png?w=1024)
Já se fala por aí que ativos da cannabis ajudam a frear quadros de enxaqueca, mas o Hospital Israelita Albert Einstein (SP) iniciou uma pesquisa pioneira para avaliar seu real impacto na doença crônica e resistente.
Mais de 100 pacientes, divididos em dois grupos, participarão da experiência, um tomando placebo (“remédio” sem princípio ativo), outro recebendo extrato com três compostos da cannabis — tetra-hidrocanabinol (THC), canabidiol (CBD) e canabigerol.
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“Existem evidências preliminares do envolvimento de receptores de canabinoides no cérebro com a dor, assim como relatos de melhora. Porém, só um estudo desse tipo permite respostas mais conclusivas”, diz o neurologista Alexandre Kaup, coordenador do projeto.