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O que é bronquite, dos sintomas ao tratamento

Essa doença, seja na versão aguda ou crônica, exige bastante cuidado. Mas tem como prevenir... e usar os remédios da melhor forma possível

Por Goretti Tenorio e Chloé Pinheiro
Atualizado em 3 fev 2021, 10h07 - Publicado em 22 ago 2017, 16h26
bronquite sintomas e tratamento
A bronquite pode aparecer por várias razões. (Ilustração: Lucas Kazakevicius/SAÚDE é Vital)
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A bronquite é a inflamação dos brônquios, tubos que levam o oxigênio até os pulmões. Existe na forma aguda, quando sintomas como tosse, chiado no peito e dificuldade para respirar permanecem por no máximo algumas semanas, e na forma crônica, quando o problema acompanha o indivíduo pela vida toda.

A versão aguda atinge especialmente crianças e idosos, que estão mais suscetíveis ao ataque de vírus e bactérias — em algumas situações, ela é consequência de uma gripe, por exemplo. Pessoas alérgicas também estão no grupo de risco quando entram em contato com substâncias irritantes, como ácaro, pólen, poeira doméstica e fumaça.

No quadro crônico enquadram-se alguns portadores de asma e indivíduos com a doença pulmonar obstrutiva crônica, a DPOC, fortemente associada ao cigarro. Ela seria a união entre a bronquite e o chamado enfisema pulmonar.

Seja agudo, seja crônico, o problema dá as caras quando os brônquios se inflamam, incham e ficam mais contraídos, além de produzir maior quantidade de muco na tentativa de limpar a área. Tudo isso dificulta ou emperra o trânsito de oxigênio até os pulmões. Os cílios, minúsculos pelos responsáveis por varrer a secreção para fora, também passam a não funcionar direito. E eis que a passagem de ar corre risco de ficar entupida.

Sinais e sintomas

– Falta de ar
– Irritação na garganta
– Pigarro constante
– Tosse com secreção
– Chiado no peito
– Dor no peito
– Febre

Fatores de risco

– Tabagismo
– Ambientes poluídos
– Locais fechados, que favorecem a contaminação por micróbios
– Ar condicionado, que resseca as vias aéreas
Refluxo gastroesofágico
– Contato com pessoas gripadas ou resfriadas
– Contato com substâncias que despertam reações alérgcias

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A prevenção

Como o tabagismo é um dos principais responsáveis pela bronquite, seja ela aguda ou crônica, largar o cigarro de vez (ou evitar contato com a fumaceira) é condição indispensável para escapar do problema.

Lavar as mãos com frequência, por sua vez, diminui o risco de levar vírus e bactérias para as vias respiratórias. Para os alérgicos, além de manter distância das substâncias que servem de gatilho às complicações respiratórias, aconselha-se caprichar na hidratação nos meses mais secos. E isso pode ser feito com inalação e soro fisiológico.

Ficar longe de inseticidas, spray de cabelo e outros itens livra as vias aéreas de outros fatores irritantes. Quem trabalha em ambiente infestado de partículas nocivas, poeira, fumaça e gases não pode abrir mão da proteção de máscara de proteção.

Tomar a vacina contra gripe fortalece as defesas e, não por acaso, a medida é oferecida todo ano prioritariamente a quem já tem uma doença crônica nos pulmões.

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O diagnóstico

Na consulta, o médico vai perguntar sobre os sintomas, especialmente a frequência e duração dos períodos de tosse, falta de ar e dor ou chiado no peito. Ele precisa ser informado sobre hábitos como fumar e trabalhar exposto a fumaça, pó de madeira, cimento, fiapos minúsculos de algodão, entre outros poluentes.

O profissional vai auscultar os pulmões com o estetoscópio para detectar ruídos respiratórios anormais. Ele poderá também solicitar uma radiografia do tórax, que mostra as condições das estruturas do pulmão e ajuda a excluir outras doenças, como a pneumonia. Exames de sangue apontam se há infecção. Outro recurso é a oximetria, usada para medir o nível de oxigenação no sangue por meio de um aparelho similar a um pregador de roupa colocado no pulso ou na orelha.

Para completar a análise, é possível lançar mão de um teste específico para avaliar a quantas anda a função pulmonar: a espirometria. O paciente inspira e expira em um tubo ligado a um equipamento, o espirômetro, que indica a velocidade e o volume de ar produzido pelo sopro.

O tratamento

Para dar fim aos episódios de bronquite aguda, a recomendação é hidratar as vias respiratórias com inalação e soro fisiológico. O uso de umidificadores de ar ou vaporizadores ajuda a soltar o muco e facilita a respiração.

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Para os períodos críticos, os especialistas receitam anti-inflamatórios, broncodilatadores e, nas infecções por bactéria, antibióticos. Lembrando que essa medicação não é útil quando a contaminação é viral e usá-la indiscriminadamente atrapalha sua eficácia quando ela é de fato necessária.

Já a bronquite crônica exige um tratamento de longo prazo. Para começar, o paciente precisa permanecer longe dos fatores irritantes, incluindo aí a fumaça do cigarro dos outros, porque o fumante passivo também está propenso a encarar a doença.

Medicamentos à base de corticoides, em doses controladas pelo médico, são receitados para conter a inflamação e dar alívio aos sintomas. E sessões de exercícios respiratórios orientados por um fisioterapeuta são de grande valia para promover a melhora no desempenho do pulmão.

Nos estágios mais avançados da bronquite crônica, particularmente na DPOC, pode ser necessário recorrer à oxigenoterapia, o uso de oxigênio em casa.

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