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O que é a gripe H1N1: sintomas, diagnóstico, vacina e tratamento

Esse subtipo de vírus influenza continua preocupando as autoridades. Saiba como evitar e combater o problema

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 17 mar 2021, 17h43 - Publicado em 9 abr 2019, 12h23
vacina da gripe h1n1 2019
O vírus H1N1 da gripe tem suas particularidades (Ilustração: Erika Onodera/SAÚDE é Vital)
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O H1N1 ficou famoso há uma década, quando uma epidemia desse subtipo do vírus da gripe provocou 2 mil mortes no Brasil. Em 2018, ele foi responsável por 65% dos óbitos decorrentes dessa doença. O H1N1 causa os mesmos sintomas das outras versões do vírus influenza: febre alta, mal-estar, dor de cabeça, espirros e tosse. A diferença estaria no risco de complicações.

“Ele é um pouco mais virulento. Ou seja, multiplica-se rapidamente no organismo e provoca mais casos graves em jovens, asmáticos e gestantes”, comenta Rosana Richtmann, infectologista do Instituto Emílio Ribas, de São Paulo.

O H1N1 integra o time dos vírus influenza tipo A, do qual o H3N2 também faz parte. Esse agente infeccioso, aliás, parece ser mais perigoso para os idosos.

A outra família de influenza, do tipo B, geralmente se manifesta de maneira mais branda, segundo Hélio Bacha, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Os especialistas alertam, porém, que as diferenças de agressividade entre os subtipos da gripe são tênues, até porque dependem das constantes mutações que esses vírus sofrem. Em resumo, todos preocupam.

“Temos uma concepção de que o risco é maior quando se trata do H1N1, mas a gripe é uma ameaça sempre, principalmente quando há outras doenças presentes”, reforça Bacha. “Até o tipo B pode ser perigoso”, completa.

O que é diferente no H1N1

Basicamente, a estrutura do vírus, que possui algumas proteínas diferentes. Além disso, assim como todos os membros da família, o H1N1 sofre mutações frequentes – daí a necessidade de tomar a vacina anualmente, principalmente nas campanhas nacionais. O imunizante é atualizado de acordo com as variedades que estão circulando pelo mundo.

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A boa notícia é que as mutações mais impactantes, com potencial extra para fazer estragos, são esporádicas. “A cada seis ou sete anos, temos mudanças mais significativas. Aí costumamos ter epidemias maiores, porque o sistema imune da população não conhece aquele agente, como ocorreu no Brasil anos atrás”, explica Bacha.

Diagnóstico e tratamento

Quando os sintomas aparecem, o ideal é procurar o médico. Em determinados casos de H1N1, pode haver dificuldade para respirar ou falta de ar – um sintoma que também surge em indivíduos acometidos com outros tipos de gripe, aliás.

No outono e inverno, quando a incidência da enfermidade é mais alta, nem sempre os médicos solicitam exames que façam essa diferenciação. Até porque o tratamento costuma ser igual.

“O importante é desconfiar do vírus influenza em geral e iniciar o tratamento nas primeiras 48 horas. Os remédios antivirais combatem qualquer um dos subtipos”, destaca Rosana Richtmann.

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Mas atenção: esses fármacos (lembra do Tamiflu?) são prescritos nas situações com maior risco de complicações e morte. Diabéticos e idosos, por exemplo, são candidatos por possuírem um déficit no sistema imunológico.

Em casos mais simples, geralmente os médicos apenas manejam os sintomas. Eles oferecem antitérmicos para baixar a febre, analgésicos para controlar a dor, e por aí vai. Enquanto isso, o próprio organismo produz anticorpos para debelar a infecção – para ajudá-lo, repouse e se hidrate.

Como prevenir

Todos os subtipos da gripe são transmitidos da mesma maneira: pelo contato com gotículas da saliva e com secreções respiratórias de pessoas infectadas.

O vírus presente nessas partículas pode ficar ativo por horas em maçanetas, roupas, portas e outros objetos. Basta tocar em um deles e depois colocar a mão na boca ou nos olhos. Daí por que os especialistas pedem tanto para a gente lavar as mãos com frequência.

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Para evitar a gripe, o ideal é se vacinar, especialmente se fizer parte dos grupos prioritários – crianças de até 6 anos incompletos, idosos, gestantes, indivíduos imunodeprimidos ou portadores de doenças crônicas…

“Tomar as doses anuais é a principal forma de prevenção”, crava Rosana. Como se fosse pouco, o imunizante diminui o risco de agravamento da doença.

No mais, vale tomar medidas básicas de proteção contra doenças no geral. Além de higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel, mantenha os ambientes arejados e tape o nariz e a boca na hora de espirrar.

Indiretamente, adotar um estilo de vida saudável ajuda, porque reforça as defesas naturais do corpo. Durma bem, faça exercício e coma de maneira equilibrada.

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