Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Continua após publicidade

No ritmo atual, meta de eliminação da aids até 2030 não deve ser cumprida

O HIV segue infectando muito mais pessoas do que o almejado pela Organização das Nações Unidas - ou seja, não dá para descuidar do vírus

Por Paula Laboissière (Agência Brasil)
Atualizado em 6 nov 2019, 11h41 - Publicado em 27 jul 2018, 16h58

Relatório divulgado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) indica, pela primeira vez, que as metas globais para eliminação da aids até 2030 correm o risco de não ser cumpridas. O documento veio à tona na 22ª Conferência Internacional de Aids, que está ocorrendo em Amsterdã, na Holanda. O encontro é considerado o maior do mundo sobre o tema.

De acordo com o relatório, intitulado Um Longo Caminho a Percorrer, a resposta ao vírus HIV encontra-se em um ponto delicado e o ritmo do progresso não está em linha com a ambição global.

O número de novas infecções por HIV, por exemplo, está aumentando em cerca de 50 países. Mais: os novos casos de infecção pelo vírus caíram apenas 18% nos últimos sete anos aro redor de globo – de 2,2 milhões em 2010 para 1,8 milhão em 2017. Embora represente quase a metade do total registrado durante o pico da doença, em 1996 (3,4 milhões), o declínio, segundo o Unaids, não é rápido o suficiente.

O objetivo inicial era o de que, em 2020, não mais que 500 mil pessoas adquirissem o HIV.

Continua após a publicidade

Posição realista é elogiada

Por meio de nota, a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia) avaliou que o órgão das Nações Unidas acertou ao assumir uma posição mais realista sobre a epidemia da doença no mundo. “Desde 2015, ao lado de outras organizações no Brasil e no mundo, a Abia alerta para os números alarmantes da epidemia em expansão e para as barreiras estruturais que impedem o acesso ao tratamento e à prevenção de milhões de pessoas no mundo.”

Para a Abia, o cenário traçado pelo relatório é resultado da inércia dos países e de seus governantes no desenvolvimento de políticas e ações em saúde pública. Entre os fatores que mais têm influenciado negativamente na resposta à epidemia, segundo a entidade, está o contexto social conservador, que alimenta a violência estrutural e dificulta a prevenção nas populações mais vulneráveis. A instituição ainda aponta falhas no abastecimento, que têm colocado em risco a sustentabilidade do acesso à antirretrovirais e favorecido o abandono no tratamento, como outro motivo para a demora nos avanços.

Continua após a publicidade

E as crianças com HIV?

O relatório da Unaids também mostra que as novas infecções na infâncoia diminuíram apenas 8% nos últimos dois anos. Só 52% de todas as crianças que vivem com o vírus estão recebendo tratamento, enquanto 110 mil morreram por doenças relacionadas à aids em 2017.

Embora 80% das mulheres grávidas vivendo com HIV tenham acesso a medicamentos antirretrovirais para prevenir a transmissão do HIV, no ano passado, 180 mil pequenos foram infectados pelo vírus durante o parto ou a amamentação — longe da meta de menos de 40 mil até o final de 2018.

Continua após a publicidade

Conteúdo adaptado da Agência Brasil.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.