Às vésperas do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado no 1º de dezembro, o Ministério da Saúde fez um alerta: 135 mil pessoas no Brasil convivem com o HIV e não sabem.
Na avaliação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, houve ganhos importantes nos últimos anos, mas ainda há uma série de desafios. ”Temos uma estabilização em torno de 900 mil pessoas com casos de aids, e podemos observar uma epidemia, principalmente em homens jovens, na faixa etária de 25 a 39 anos. É com essa população que precisamos trabalhar prioritariamente”, disse.
De acordo com dados apresentados hoje (29 de novembro), dos 900 mil brasileiros com HIV, 766 mil foram diagnosticados, 594 mil fazem tratamento com antirretroviral e 554 mil não transmitem o HIV.
O balanço aponta ainda que o número de pessoas que carregam o vírus continua subindo no país: há um ano, eram 866 mil. Somente em 2018, foram notificados 43,9 mil novos casos.
O ministro da Saúde comemorou a redução na letalidade da doença. Foram evitados quase 12 mil quadros de aids entre 2014 e 2018, e houve queda de mortalidade em 22,8% no período de cinco anos. “Encerrando o ano de 2019, veremos uma diferença ainda maior. Não podemos ter mortes por aids”, afirmou.
A nova campanha de combate contra a aids
Ela é direcionada à população jovem, onde o índice de contágio está crescendo. O foco é reforçar a importância da prevenção, testagem e tratamento: “Se a dúvida acaba, a vida continua. Precisamos incentivar o diagnóstico precoce para salvar vidas. O maior problema ainda é o medo. É importante esse incentivo para fazer o teste. Temos que atingir metas internacionais, como algumas cidades já estão fazendo. E o Brasil ainda precisa testar 90% da população”, disse o diretor do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids, Gerson Pereira.
Até o fim do ano, o governo estima que serão distribuídos 462 milhões de preservativos, que evitam a infecção.
Transmissão da mãe para o bebê
Mandetta também celebrou a informação de que o município de São Paulo receberá certificação pela eliminação da transmissão vertical do HIV, quando o vírus é passado durante a gestação, parto e amamentação. No Paraná, as cidades de Curitiba e Umuarama foram as primeiras a serem certificadas em 2017 e 2019, respectivamente.
Este conteúdo é da Agência Brasil.