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Mieloma Múltiplo: discussão do tratamento no SUS pode impactar pacientes

Alterações no protocolo clínico da doença pode transformar a realidade de milhares de pacientes no sistema único de saúde

Por Abril Branded Content
Atualizado em 28 Maio 2024, 17h37 - Publicado em 17 Maio 2024, 13h20

Segundo dados do Painel Oncologia Brasil, estima-se que a cada ano ocorra 1,24 caso de mieloma múltiplo para cada 100 000 habitantes¹,². Embora seja uma doença ainda sem cura, existem opções aprovadas para o tratamento do mieloma múltiplo que podem ser empregadas de acordo com o estágio da doença. 

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza algumas terapias para o tratamento da doença, como transplante de medula óssea autólogo (TMO), agentes imunomoduladores e inibidores de proteassoma. No entanto, ainda existem necessidades não atendidas pelo SUS no tratamento desses pacientes, principalmente para aqueles que já tiveram uma linha de terapia prévia³ e voltaram a manifestar a doença. Trata-se de uma classe terapêutica que pode ser empregada para complementar os tratamentos que já são oferecidos pelo SUS. “É o caso dos anticorpos monoclonais. Quando utilizados em combinação, essas terapias apresentam importante eficácia. Hoje, com acesso a diferentes mecanismos e possibilitando as combinações em terapia tripla, por exemplo, esses tratamentos podem significar uma sobrevida de longa duração e uma boa qualidade de vida”, explica o médico hematologista dr. Angelo Maiolino, presidente da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH). 

Atualmente, está aberta uma consulta pública sobre os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Mieloma Múltiplo, que passam a atuar no lugar das Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDT). A Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) tem como parte dos seus objetivos evoluir com as diretrizes com o intuito de avançar no combate ao câncer no Brasil. 

No caso do mieloma múltiplo, o objetivo é que tanto a sociedade médica quanto a civil, além da comunidade científica, possam contribuir com a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) na elaboração de critérios para o diagnóstico e tratamento do mieloma múltiplo.  

A consulta pública fica aberta até o dia 20 de maio. 

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CONSEQUÊNCIAS DO MIELOMA MÚLTIPLO

Conhecido como um dos tipos de câncer no sangue, o mieloma múltiplo atinge os plasmócitos, células que fazem parte da medula óssea e são responsáveis por produzir os anticorpos necessários para defender o organismo de vírus e bactérias. Com a doença, os plasmócitos passam a produzir a proteína M, chamada de monoclonal, que inibe a produção de outras células sanguíneas¹,².

“Quando se torna uma célula doente, esses anticorpos normais deixam de ser produzidos. Com isso, o sistema de defesa fica muito comprometido e o paciente, muito mais suscetível a apresentar infecções”, acrescenta o especialista. 

Entre os principais sintomas da doença estão insuficiência renal, anemia e doença óssea, que pode causar dores agudas e facilitar a ocorrência de fraturas¹,². De acordo com o dr. Maiolino, não existem fatores de risco tão claros para o mieloma múltiplo. “Embora haja diagnósticos em pacientes mais jovens, a maioria está em uma faixa etária acima dos 60 anos”, diz o presidente da ABHH.  

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Para o diagnóstico, é preciso que o paciente realize exames laboratoriais, como hemograma, urina, mielograma, que é o aspirado de medula óssea, e eletroforese de proteínas, que realiza a separação das proteínas encontradas no sangue e na urina. Também são necessários exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, para buscar possíveis lesões ósseas, entre outros, que devem ser repetidos quando houver progressão da doença.¹,²  

 

Confira o link para contribuir respondendo à consulta pública clicando aqui: https://www.gov.br/participamaisbrasil/consulta-publica-conitec-sectics-n-18-2024-pcdt-mieloma-multiplo 

Referências:

  1. Conitec. Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas – PCDT. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt. Acesso em: abr 2024.
  2. Conitec. Relatório de Recomendação Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/relatorios/2022/20220526_ddt_mieloma_multiplo_cp.pdf. Acesso em: abr 2024.
  3. Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular. Sobre a submissão de Daratumumabe na combinação DVd para pacientes com Mieloma Múltiplo. Disponível em: https://abhh.org.br/noticia/sobre-a-submissao-de-daratumumabe-na-combinacao-dvd-para-pacientes-com-mieloma-multiplo/. Acesso em: abr 2024.
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