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Mês da neuropatia periférica: o que é essa doença?

Maio é dedicado à conscientização sobre problema potencialmente sério que costuma ser menosprezado quando aparecem os primeiros sintomas

Por Maurício Brum
23 Maio 2024, 11h10

Formigamento nas mãos e pés, ou mesmo dormência, são sintomas que muitas vezes podem passar batidos como uma questão menor e temporária.

Mas é bom ficar atento: esse é um dos primeiros sinais da neuropatia periférica, que pode progredir a ponto de se tornar incapacitante pela dor. O mês de maio é dedicado à conscientização sobre esse problema, enfatizando a importância de aprender a identificá-lo para prevenir complicações.

A neuropatia periférica pode afetar qualquer pessoa, já que basta algum dano aos nervos que fazem a comunicação entre o cérebro e os membros para ela se manifestar. Mas pessoas com diabetes precisam de atenção especial, pois o quadro é mais comum em quem convive com essa doença.

Outros fatores de risco incluem doenças autoimunes, como o lúpus, o abuso de álcool e alguns medicamentos, a doença de Lyme, além da contaminação por metais pesados, como chumbo e mercúrio.

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+Leia também: Pesquisa abre caminho para diagnóstico precoce da neuropatia diabética

Sintomas da neuropatia periférica

Além da dormência e formigamento nas extremidades do corpo, a doença pode se agravar com sensação de queimação nos braços e pernas, fraqueza, dificuldade de movimentos e, com o tempo, dores crônicas que se tornam incapacitantes.

É importante observar, ainda, que muitas vezes a doença progride sem causar sintomas perceptíveis – ou, pelo menos, que não pareçam particularmente graves.

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“É crucial manter um diálogo aberto e honesto com o médico sobre qualquer alteração potencial na sensação ou função do membro, mesmo que pareça pequena ou insignificante”, destaca Lorena Antunes, diretora médica da P&G Health.

Como a neuropatia periférica é diagnosticada

Diferentes exames podem dar uma pista de que o problema está se instalando. “O médico  começa com um exame físico completo, que inclui verificar os sinais vitais, examinar a pele, observar a coordenação motora e testar os reflexos e a sensibilidade ao toque”, explica Lorena.

Exames de sangue ajudam a identificar condições médicas tipicamente associadas à neuropatia periférica, como o próprio diabetes, problemas renais e deficiências vitamínicas.

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Testes complementares de sensibilidade, condução nervosa e exames de imagem também podem ser empregados, bem como uma eletromiografia (EMG), teste que envolve a inserção de agulhas muito finas na pele para medir a atividade elétrica no paciente.

“Existem várias maneiras de avaliar a saúde do sistema nervoso periférico, mesmo na ausência de sintomas”, reforça a médica.

Por isso, é fundamental fazer monitoramento periódico da saúde em geral, especialmente se você se enquadra entre os fatores de risco. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de evitar incômodos maiores.

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Tratamento da neuropatia periférica

Em primeiro lugar, é importante estar ciente que a neuropatia periférica não tem cura, o que exige um monitoramento médico contínuo após o diagnóstico. No entanto, com o tratamento adequado, é possível aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida.

O melhor curso de tratamento deve ser definido em conjunto com a equipe médica, e pode envolver – de forma isolada ou combinada – diferentes medicamentos que são prescritos conforme o sintoma, a realização de fisioterapia e mudanças no estilo de vida, como evitar o consumo de álcool.

Além disso, podem ser necessárias adequações na dieta e a suplementação de vitaminas, especialmente B12, B1 (tiamina) e B6 (piridoxina) em idosos. “A suplementação pode ser benéfica para algumas pessoas, especialmente aquelas com deficiências nutricionais conhecidas”, diz Lorena. “No entanto, a suplementação preventiva não é universalmente recomendada para todos os pacientes com fatores de risco para neuropatia periférica”.

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A melhor maneira de saber se você precisa de mais vitaminas é obtendo um diagnóstico correto, que leva em conta sua dieta, seu estilo de vida, a existência (ou não) de uma deficiência vitamínica – bem como uma avaliação da possibilidade de interação negativa entre os suplementos e qualquer medicação que já esteja sendo tomada.

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