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Dor de cabeça pode ser causada por abuso de analgésico

O excesso no uso desses remédios foi abordado em um congresso de neurologia. Saiba o que fazer para evitar esse tipo de cefaleia

Por Fernanda Cruz (Agência Brasil)
Atualizado em 7 jul 2020, 19h13 - Publicado em 15 out 2018, 13h51
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  • Um tipo de dor de cabeça desconhecido pela população, mas cada vez mais frequente nos consultórios médicos, é a cefaleia provocada por uso excessivo de analgésicos. Essa tendência foi discutida no Congresso Brasileiro de Neurologia, na capital paulista.

    Segundo Márcio Nattan Portes Souza, neurologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, trata-se de um círculo vicioso. O indivíduo que sofre constantemente com dores de cabeça passa a abusar da medicação e, consequentemente, pode sofrer ainda mais com o incômodo. “Antes a dor de cabeça melhorava completamente, agora não mais. Antes, o paciente passava três dias sem desconforto depois que tomava um analgésico, agora fica meio dia aliviado e o problema já volta”, disse o médico.

    O especialista lembra que, por ser um quadro comum entre a população, poucas pessoas procuram apoio dos profissionais. Então fique de olho: “A Sociedade Brasileira de Neurologia recomenda que, em casos de mais de três dias com dor de cabeça por mês ou de mais de três meses de incômodos frequentes, é preciso procurar um neurologista”.

    Além do tratamento, que merece ser discutido individualmente, Portes Souza recomenda uma reflexão sobre os hábitos. Ele sugere que o paciente invista em atividade física, redução do peso (para obesos), melhora do sono, combate ao estresse e tratamento dos sintomas de depressão e ansiedade.

    Sinais de perigo

    A dor de cabeça pode ser sintoma de uma doença mais grave. “Quando o incômodo começa subitamente e, em poucos segundo, já está extremamente intenso, a pessoa deve ir para o pronto socorro”, alerta Portes Souza.

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    Ouros sinais preocupantes são desmaio, dor de cabeça diferente do habitual e associada à febre. Fora isso, pessoas com mais de 50 anos, sem histórico de dores, devem se preocupar se apresentar os sintomas. Pacientes transplantados ou com doenças imunodepressoras também precisam ficar atentos.

    Este conteúdo foi publicado originalmente pela Agência Brasil. 

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