Os genes influenciam nessa história, sim. Por isso, quem tem pais ou irmãos que passaram por algum perrengue cardiovascular está mais sujeito a entrar nas estatísticas das vítimas de infarto, derrame e afins. Se olharmos para alguns dos fatores de risco, fica mais fácil entender como o DNA pode atrapalhar a vida do coração. Parte da culpa pela pressão alta, por exemplo, vem de “defeitos” no código genético que desequilibram a produção das substâncias capazes de relaxar ou contrair as artérias.
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Já no quesito colesterol, muitos dos que convivem com taxas estratosféricas dessa partícula no sangue herdaram essa tendência dos pais. Nos casos mais sérios, essa complicação ganha o nome de hipercolesterolemia familiar. Estima-se que um em cada 500 brasileiros tenha o distúrbio, sendo que boa parte não tem a menor ideia do perigo que está correndo. Está escrito no DNA dessas pessoas que seu fígado não vai ser capaz de recolher do sangue todo o colesterol. excedente. Pra piorar, o intestino não elimina a contento o contingente fabricado pelo próprio corpo. Como você pode perceber, sobra material para formar as placas que levam à obstrução das artérias.
Agora, é bom que se diga: seja qual for a falha no código genético, medidas como calçar os tênis para vencer o sedentarismo e parar de se entupir de comida repleta de gordura, açúcar e sal certamente diminuem o impacto dos problemas que podem abalar o coração.