O Ministério da Saúde estima que mais de 4,2 milhões de pessoas vão receber um diagnóstico de dengue no Brasil em 2024, um recorde. Em meio a uma epidemia histórica, fica a dúvida: quando virá o alívio? E será que o fim do verão pode dar a trégua que os brasileiros tanto aguardam?
A boa notícia é que sim, o comportamento histórico da dengue é guiado pela sazonalidade. Ou seja, mesmo que o país nunca tenha enfrentado uma epidemia tão grande como agora, a doença tradicionalmente se caracteriza por surtos maiores nos meses mais quentes do ano, com um respiro no segundo semestre.
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Mas isso não quer dizer que devemos baixar a guarda: o verão vai oficialmente até o dia 20 de março, mas a queda nos casos de dengue não vem imediatamente. Especialistas estimam que o pico de contágios deve ocorrer em algum momento até maio, ou seja, em um cenário pessimista ainda pode haver outros dois meses com os casos acelerados.
E, mesmo que a tendência seja de uma queda acentuada depois disso, a dengue é uma doença que segue preocupando o ano todo: casos são registrados nos 12 meses do ano, ainda que em um ritmo menor, especialmente se você vive em uma região mais quente.
Por que a dengue reduz depois do verão
A sazonalidade da dengue está relacionada às variações de temperatura. Embora se aproveite dos depósitos de água parada para se reproduzir (algo que independe da época do ano), o mosquito Aedes aegypti é mais ativo em períodos de calor.
Isso também está relacionado à replicação do vírus no próprio inseto: encontrando um mosquito com o metabolismo mais ativo no verão, o vírus da dengue se multiplica melhor, aumentando as taxas de transmissão. Num sentido oposto, esse efeito começa a ceder conforme as temperaturas se tornam mais amenas.
Como se proteger da dengue
Em qualquer época do ano, a forma primordial de reduzir a proliferação do Aedes aegypti é evitar acúmulo de água parada. Mantenha seu quintal limpo, preencha vasos de plantas com areia para absorver o líquido e deixe garrafas viradas para baixo. Não invista em soluções caseiras sem eficácia comprovada como a borra de café.
Para o mosquito que está no ar, utilize repelentes, telas nas janelas e mosquiteiros. E verifique se sua cidade já está oferecendo a vacina contra a dengue, que protege de complicações em caso de contágio.
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