A rede de saúde integrada Dasa informou ter identificado o primeiro caso da subvariante da Ômicron XBB.1.5 do coronavírus no Brasil. A amostra é de uma paciente de Indaiatuba, no interior de São Paulo, e teria sido coletada em novembro do ano passado.
Segundo a Dasa, o caso já foi comunicado ao Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, e a amostra se encontra no Gisaid, o repositório mundial de sequenciamento.
Segundo a epidemiologista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, a subvariante XBB.1.5 é a versão mais transmissível da Covid-19 identificada no mundo até agora.
A epidemiologista disse que a presença da subvariante já foi confirmada em 29 países, mas ela pode estar circulando em outros locais sem ter sido detectada.
“Esperamos mais ondas de infecção em todo o mundo, mas isso não precisa se traduzir em mais ondas de morte”, disse Maria Van Kerkhove, lembrando que as medidas de proteção continuam funcionando.
Especialistas brasileiros têm demonstrado preocupação com a chegada dessa subvariante que, além de mais transmissível, parece também escapar parcialmente das defesas.
No entanto, até agora não há indicação de que ela provoque uma doença mais grave em comparação a outras subvariantes da Ômicron.
A recomendação é que a população continue a usar máscaras de proteção e complete o esquema vacinal contra a Covid-19, que protege principalmente contra formas graves da doença.
A Agência Brasil procurou o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo para obter mais informações sobre a identificação desse caso em Indaiatuba, mas, até o momento, não obteve retorno.
*Esse texto foi publicado originalmente na Agência Brasil