Com as festas de fim de ano e a queda de casos e mortes por Covid-19, muita gente baixou a guarda em relação aos cuidados para evitar a contaminação, como manter distanciamento, usar máscaras e lavar bem as mãos.
Só que isso aconteceu bem no momento em que uma variante mais transmissível do Sars-CoV-2, a Ômicron, se disseminava pelo planeta. Sem falar no surto de gripe, doença provocada pelo vírus Influenza.
O que se vê agora é um monte de gente confirmando a infecção por um dos dois vírus ou até pelos dois ao mesmo tempo. Mas e quem teve contato com alguém nessa situação? Como deve agir? Veja, abaixo, o caminho ideal.
1. Faça um teste para confirmar a infecção ou busque atendimento médico
Descobrir se ocorreu a infecção é crucial para saber quais os próximos passos. Se não houver sintomas, o ideal é fazer o teste cinco dias depois do contato com alguém contaminado e, se possível, ficar isolado até lá. Na presença de sintomas, é preciso realizá-lo já a partir do primeiro dia.
Os testes rápidos de antígeno podem, separadamente, identificar o Sars-CoV-2 ou o Influenza – ou até outros vírus causadores de síndromes gripais.
“Se der positivo, a certeza é clara. Mas, como o teste de antígeno é menos sensível, pode dar um falso negativo. Neste caso, é recomendado buscar o RT-PCR para eliminar qualquer dúvida, principalmente na presença de sintomas ou se houve contato com mais pessoas”, explica a médica Monica Levi, presidente da Comissão de Revisão de Calendários Vacinais da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
A busca por testes não está fácil, então, enquanto não conseguir o resultado, faça um autoisolamento. Outra saída para tirar todas as dúvidas é marcar uma consulta online por redes privadas ou pelo TeleSUS.
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Procurar um atendimento médico presencial é uma opção se os hospitais de sua cidade não estiverem com lotação máxima. Lá, dá para fazer o teste ou o médico pode solicitar um exame mais completo, se achar necessário.
Há opções que identificam mais tipos de vírus, o que pode incluir também o Influenza A, Sincicial Respiratório (VSR) e o adenovírus, além do coronavírus.
2. Fiz o teste e deu positivo. E agora?
Com sintomas leves, fique em casa, mas de olho na evolução do quatro.
“Tome remédios para aliviar sintomas com moderação e procure pronto-atendimento apenas se tiver febre alta, falta de ar ou outros sinais mais graves”, aconselha Renato Grinbaum, infectologista e professor na Universidade Cidade de S. Paulo (Unicid).
A febre alta e persistente – que retorna logo após o fim do efeito do medicamento – é a mais preocupante.
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3. Quanto tempo eu preciso ficar isolado?
Ainda há uma certa divergência sobre os dias exatos de distanciamento. Porém, em geral, recomenda-se o isolamento de 10 a 14 dias em caso de Covid sintomática, e de sete dias para Influenza.
Recentemente, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu a redução da quarentena de 10 para cinco dias para quem apresenta um quadro assintomático (ou seja, sem sintomas) de Covid provocado pela variante Ômicron, a exemplo do que aconteceu nos Estados Unidos.
Como o tempo de isolamento depende do tipo de quadro apresentado, o ideal mesmo é bater o martelo com um médico.