Os inibidores de SGLT2 são uma classe de remédios usada contra o diabetes. Sua ação é modificar os mecanismos de filtração do sangue pelos rins e, assim, reter parte da glicose, que é eliminada pela urina. Isso, por sua vez, ajuda a regular o açúcar na circulação. A novidade é que uma das representantes da turma, a empagliflozina, fabricada pelos laboratórios Eli Lilly e Boehringer Ingelheim, revelou-se efetiva para outras duas doenças.
“Houve uma diminuição de 25% nas hospitalizações e na mortalidade por insuficiência cardíaca”, conta o médico Edimar Bocchi, do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo. De quebra, o fármaco derrubou o risco de disfunções nos rins em 50%. Resultados tão expressivos devem modificar as diretrizes e ampliar o uso da empagliflozina como uma nova opção terapêutica para essas condições.
O segredo
Como a empagliflozina resguarda esses órgãos
Gás extra
O princípio ativo estimula a produção de mais hemácias, células sanguíneas que carregam oxigênio.
Sem crise
Em paralelo, ele controla os níveis de substâncias inflamatórias que lesam rins e coração.
- 60 milhões de pessoas sofrem com insuficiência cardíaca no mundo
- No Brasil, 100 mil novos casos são diagnosticados a cada ano