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Como é feito o congelamento de óvulos?

Técnica aumenta a chance de ser mãe com segurança em uma idade mais avançada. Mas tem suas questões. Veja como funciona

Por Ivonete Lucírio
Atualizado em 21 nov 2019, 15h02 - Publicado em 9 fev 2019, 10h35

Algumas mulheres desejam se tornar mães, mas preferem postergar esse momento. Como a infertilidade e a possibilidade de ter uma gravidez de risco são mais comuns com o avançar da idade, elas podem recorrer ao congelamento de óvulos.

O procedimento, indicado também para quem deve retirar os ovários por causa de alguma doença, tem sido cada vez mais procurado nas clínicas brasileiras. Descubra, nos tópicos abaixo, como ele é realizado:

1. O preparo

Antes de tudo, são feitos exames para flagrar ou afastar doenças que comprometem a qualidade dos óvulos. Depois, para aumentar o número deles, a mulher recebe remédios injetáveis, em geral na barriga. Essa estimulação dura umas duas semanas.

2. A extração

(Ilustração: Anna Cunha/SAÚDE é Vital)

A coleta é feita em um centro cirúrgico, com sedação. O que é extraído, por meio de uma espécie de agulha acoplada a um aparelho de ultrassom, são os folículos dos ovários, dentro dos quais estão os óvulos. Podem ser realizadas várias coletas, em ciclos diferentes.

3. O congelamento

Os óvulos são retirados de dentro dos folículos por meio de uma agulha bem fina e permanecem cerca de duas horas no laboratório para uma maturação.

Depois, são mergulhados em uma substância congelante, que irá proteger e diminuir a quantidade de líquido em seu interior para evitar a formação de cristais.

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Então, começa o processo conhecido como vitrificação. Os óvulos são colocados em nitrogênio líquido, o que reduz a temperatura a 196 graus negativos em minutos.

4. O descongelamento

Os óvulos podem permanecer congelados por até dez anos. Quando a mulher decide engravidar, a amostra é retirada do nitrogênio líquido. Existe a possibilidade de recongelamento dos óvulos que não foram utilizados, mas o real impacto desse processo ainda não é conhecido.

5. A fertilização

A partir daqui, a história segue igual à de uma fertilização in vitro convencional: os óvulos são fecundados com o espermatozoide do parceiro, em laboratório, e implantados no útero. Existe ainda a possibilidade de congelar os possíveis embriões excedentes.

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Lembrando que o sucesso do procedimento depende da idade em que o óvulo foi extraído. O ideal é não passar dos 35 anos.

E quanto custa?

O preço varia de acordo com diversos fatores, como o tipo de estimulação e congelamento dos óvulos e a região do país. Mas o valor gira em torno de 15 mil reais para a coleta e 900 reais mensais para a manutenção dos óvulos congelados.

Quando o método é solicitado?

Em 2017, 78 mil óvulos foram congelados no Brasil

Gravidez adiada: A mulher pode postergar o momento de ser mãe por questões pessoais. A idade máxima recomendada para implantação é 50 anos.

Quimioterapia: O tratamento contra o câncer destrói várias células do corpo, inclusive os óvulos, que podem ser preservados antes da químio.

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Menopausa precoce: Há mulheres que param de ovular antes dos 30 anos. Ultrassom e dosagem hormonal detectam se há risco de acontecer.

Químio do parceiro: O óvulo pode ser fecundado com o espermatozoide do parceiro e congelado. É possível fazer apenas o congelamento do sêmen.

Fontes: Eduardo Borges, especialista em reprodução e membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH); Renato de Oliveira, especialista em reprodução da Criogênesis, em São Paulo

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