Black Friday: assine a partir de 1,00/semana
Continua após publicidade

Colesterol alto em adultos jovens já aumentaria risco de infarto e AVC

Segundo um longo estudo, pessoas abaixo dos 45 anos com colesterol elevado têm uma chance especialmente alta de sofrer males cardiovasculares no futuro

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 29 out 2020, 12h12 - Publicado em 11 dez 2019, 15h15
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O colesterol não é uma preocupação só para os mais velhos. Pelo contrário. Níveis altos antes dos 45 anos de idade aumentam especialmente o risco de infarto ou acidente vascular cerebral (AVC) aos 75. É o que indica o maior estudo a longo prazo feito sobre o tema, publicado recentemente no periódico The Lancet.

    Conduzida por mais de 40 pesquisadores, a investigação chafurdou dados de quase 400 mil pessoas de 19 países diferentes. Elas foram seguidas por até 43 anos.

    O trabalho avaliou os níveis de colesterol não-HDL dos participantes. Para quem não sabe, o HDL é tido como a versão boa dessa molécula. Logo, os experts focaram nas porções ruins do colesterol (entre elas o LDL).

    Baseado em um modelo matemático, eles então calcularam o risco de o colesterol alto ao longo da vida provocar, aos 75 anos, panes cardíacas e AVC — mortais ou não. Para não confundir o resultado, foram considerados outros fatores que financiam esses problemas, como obesidade, tabagismo e pressão arterial.

    Resultado: mulheres com menos de 45 anos que, além de outros dois fatores de risco cardíaco, apresentavam níveis acima do limite de colesterol não-HDL tinham uma probabilidade de 16% de sofrer um infarto ou derrame aos 75. A título de comparação, nas voluntárias de 60 anos com o mesmo perfil, a possibilidade era de 12%.

    Continua após a publicidade

    Nos homens, o risco foi de 29% nos mais jovens e 21% nos acima dos 60 anos. “Isso pode ocorrer por causa da exposição mais longa ao colesterol prejudicial”, comentou à imprensa Barbara Thorand, epidemiologista do Centro Alemão de Pesquisa de Saúde Ambiental, que participou do trabalho.

    A partir dessas informações, os cientistas fizeram outra conta: o que ocorreria se esses participantes reduzissem o colesterol não-HDL pela metade? De acordo com os cálculos, o risco de encrencas cairia para 4% entre as mulheres com menos de 45 anos e para 6% nos homens da mesma faixa etária.

    Implicações para o tratamento do colesterol

    Os médicos recorrem com frequência a um cálculo que considera as taxas de colesterol, glicemia e por aí vai para estimar o risco de uma pessoa ter um piripaque no peito ou um AVC em dez anos. É a partir desse método que eles costumam prescrever remédios.

    Continua após a publicidade

    Mas se a nova pesquisa aponta que alterações no colesterol hoje estão associadas a problemas para além de uma década, não seria o caso de intervir antes? Em outras palavras, esse limiar de dez anos não seria curto demais?

    “O cálculo utilizado atualmente pode subestimar o risco para a vida toda, principalmente nos mais jovens”, destacou o cardiologista alemão Stefan Blankenberg, outro autor da investigação, em um comunicado.

    Contudo, mais estudos são necessários antes de mudar a recomendação de uso de drogas contra o colesterol, como as estatinas. É necessário entender, por exemplo, os possíveis efeitos colaterais de um tratamento mais longo e o custo-benefício da abordagem.

    De qualquer jeito, o artigo reforça indiretamente a necessidade de promover hábitos saudáveis, que ajudem a controlar o colesterol, do começo ao fim da vida. Com ou sem remédio, uma coisa é certa: não custa ficar de olho nas suas taxas desde cedo.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.