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Ciclo menstrual: o que acontece no corpo em cada uma de suas fases

Estendendo-se por cerca de 28 dias, o período se repete ao longo da vida fértil da mulher e é composto por três fases: folicular, ovulatória e lútea

Por Luana Pazutti
18 jul 2024, 15h40
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  • A menstruação é a descamação periódica do endométrio, que reveste a parede interna do útero, quando não há fecundação. Com o seu desprendimento, o fluido menstrual — composto por sangue e tecido uterino — é excretado pela vagina.

    O sangramento, contudo, é apenas uma etapa do ciclo reprodutivo que envolve uma série de atividades hormonais. Saiba mais sobre como ele ocorre.

    +Leia também: Guia completo do período fértil: o que saber e como calcular?

    O que é o ciclo menstrual?

    Com início na puberdade, a partir da menarca, os ciclos menstruais duram cerca de 21 a 35 dias. Durante esse período, os níveis de estrogênio e progesterona preparam o corpo para uma possível gestação, que inclui a liberação de um óvulo e o preparo do útero para recebê-lo caso seja fecundado.

    Permeando a vida fértil das mulheres, eles encerram apenas na menopausa, que geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos. Em alguns casos, ela pode chegar precocemente, por volta dos 40 anos.

    Antes disso, o ciclo menstrual ocasiona a repetição mensal de um padrão de eventos.

    Sujeito a variações em termos de duração e intensidade, ele é geralmente dividido em três fases, apesar de alguns especialistas considerarem a menstruação em si como uma etapa à parte durante o período folicular. Por isso, você pode encontrar fontes que listam quatro fases; mas, na prática, o ciclo não muda.

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    Fase folicular: antes da liberação do óvulo

    A fase folicular Começa no primeiro dia do sangramento, quando a concentração de estrogênio e progesterona é baixa, gerando a produção do hormônio foliculoestimulante (FSH). Essa substância estimula o desenvolvimento dos folículos, onde estão contidos os óvulos.

    Isso aumenta a produção de estrogênio e impulsiona a produção de muco no colo uterino, deixando a vagina mais úmida. O endométrio também tende a aumentar, favorecendo a implantação e nutrição do embrião.

    Nesse período, que dura cerca de 14 dias, podem ocorrer cólicas, dores, fadiga, crises de enxaqueca e mudanças nos hábitos urinários.

    Fase ovulatória: durante a liberação do óvulo

    Com o aumento do hormônio luteinizante, que estimula o rompimento dos folículos, inicia-se a ovulação. Essa fase é a mais curta, estendendo-se por cerca de 16 a 32 horas. A duração do período fértil, que se inclui nesta etapa, por sua vez, é maior.

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    Enquanto os óvulos têm uma vida média de 24 horas, os espermatozoides permanecem ativos no trato genital por dias, permitindo que uma relação sexual anterior à ovulação resulte em gravidez.

    Essa etapa termina com a liberação do óvulo, que pode provocar leves dores abdominais, causadas pelo contato do fluído folicular com o tecido que reveste a cavidade do abdômen.

    Fase lútea: após a liberação do óvulo

    O folículo rompido favorece a formação do corpo lúteo, que intensifica a produção da progesterona e garante a manutenção de uma possível gravidez até o desenvolvimento da placenta.

    Quando a fecundação não acontece, esse tecido é absorvido e a produção de hormônios é interrompida. Com isso, o endométrio perde a sustentação e descama, iniciando a menstruação.

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    É no final dessa fase que ocorre a tensão pré-menstrual. Conhecida como TPM, ela acarreta sintomas físicos, como dores e inchaços, e psicológicos, como irritabilidade, ansiedade e tristeza. Alterações no apetite e no sono também são frequentes.

    E os ciclos irregulares?

    As etapas acima consideram o padrão médio de 28 dias, mas o ciclo menstrual está longe de ser previsível. Algumas irregularidades são comuns no ciclo menstrual, especialmente, logo após a menarca. Estudos estimam que cerca de 14% a 25% das mulheres possuem ciclos irregulares no mundo todo.

    Contudo, variações recorrentes demandam atenção e atendimento médico. Alterações abruptas no fluxo ou na durabilidade dos ciclos podem estar associadas a estresse, aborto, métodos contraceptivos, tumores, problemas de coagulação e condições médicas crônicas.

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