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Cerclagem uterina: conheça a cirurgia que previne o parto prematuro

Indicado para mulheres com insuficiência istmocervical, o procedimento é considerado de baixo risco e pode prevenir complicações durante a gravidez

Por Luana Pazutti
20 jun 2024, 10h32
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    Cerclagem pode ser profilática, quando a gestante já apresentou prematuridade ou abortamento em uma gravidez anterior (onlyyouqj/Freepik)

    A cerclagem uterina é uma intervenção cirúrgica realizada durante a gestação para reduzir o risco de parto prematuro.

    O procedimento é indicado, especialmente, para mulheres com insuficiência istmocervical, uma condição em que o enfraquecimento do colo uterino ocasiona sua dilatação precoce, antecipando o nascimento do bebê. Basicamente, ela impede que a cavidade uterina se abra antes do tempo.

    Embora a cerclagem possa ser feita inclusive fora da gestação, é mais comum que ela seja indicada somente quando a gravidez já está em andamento, quando há propensão a um parto prematuro. Nesse caso, há janelas de oportunidade de acordo com as semanas.

    +Leia também: Um em cada dez bebês nasce prematuro no mundo, diz OMS

    Abaixo, conheça mais sobre as diferentes formas de realizar esse procedimento e os momentos mais adequados para fazê-las.

    Como é feita a cerclagem uterina?

    A cerclagem pode ser realizada por duas vias: vaginal e abdominal.

    No primeiro caso, é introduzido um fio ou uma banda em torno do colo uterino para proporcionar um suporte adicional. Essa intervenção pode ser feita somente durante a gravidez e geralmente exige anestesia epidural.

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    Na abdominal, a cirurgia é efetuada por meio de uma incisão no abdômen, podendo ser feita quando a cerclagem vaginal não é uma opção (geralmente, por diagnósticos tardios) ou quando ela já foi realizada, mas não apresentou resultado.

    Após a 37ª semana de gestação, a formação do bebê está praticamente concluída e a cerclagem já pode ser removida. No entanto, quando se sabe que o parto será realizado por cesariana, a remoção não é necessária. Nesses casos, a cirurgia permanece válida para uma próxima gravidez.

    Quando a cerclagem uterina é indicada?

    A cirurgia é recomendada para mulheres com histórico de parto prematuro ou aborto espontâneo, causados pela presença de uma insuficiência istmocervical, que impede a cavidade uterina de se manter fechada com o crescimento do feto. Além disso, pode ser indicada para gestantes com anomalias congênitas, como o útero bicorno.

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    Para determinar o melhor momento para a operação, vale mais uma diferenciação. Em casos de cerclagem profilática, quando a paciente tem um histórico de prematuridade e abortamento, é necessário realizá-la entre a 12ª e a 14ª semana de gravidez, antes da dilatação do colo uterino.

    Por outro lado, na cerclagem de urgência ou de resgate, quando a insuficiência é diagnosticada durante a gestação, o procedimento é realizado entre a 18ª e a 25ª semana, período em que o colo uterino já está aberto.

    Cuidados pós-operatórios

    A recuperação tende a ser tranquila, possibilitando um rápido retorno à rotina. Contudo, é preciso seguir alguns cuidados. Nas primeiras semanas após a operação, o repouso é essencial.

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    Atividades físicas intensas – ou que exerçam pressão no colo do útero, como levantar objetos pesados – não são indicadas. Na maioria das vezes, recomenda-se também evitar relações sexuais durante a gestação.

    Além disso, o acompanhamento médico regular é crucial para monitorar tanto a integridade da cirurgia quanto a evolução da gravidez. Afinal, cada paciente possui particularidades que exigem orientações individuais para o pós-operatório.

    Existem riscos na cerclagem uterina?

    Em geral, a cerclagem é considerada uma intervenção segura, mas é necessário se atentar aos sinais de alerta para complicações, principalmente em procedimentos de urgência.

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    Quando há sangramento vaginal excessivo, dores abdominais intensas, contrações frequentes ou ruptura da bolsa amniótica é preciso contatar imediatamente um médico ou serviço de emergência.

    Infecções uterinas e lacerações cervicais são riscos que também demandam um monitoramento especial.

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