As mortes recentes do jornalista Otavio Frias Filho e da cantora Aretha Franklin jogaram luz sobre o câncer de pâncreas e sua agressividade. Esse tumor é especialmente perigoso, porque atinge um órgão importantíssimo e é de difícil diagnóstico. Em 2013, por exemplo, ele matou 8 710 brasileiros.
Mas quais seus sintomas? E como é o tratamento? O vídeo a seguir, com o cirurgião oncológico Felipe Coimbra, do A.C.Camargo Cancer Center, ajuda a entender a doença em 90 segundos:
Durante o vídeo, Coimbra destaca que o diagnóstico do câncer de pâncreas é complexo. Isso porque esse órgão está alojado no fundo do abdômen, o que dificulta seu alcance por exames como o ultrassom. Diante de alguma suspeita ou histórico familiar, por exemplo, o médico pode pedir testes mais sofisticados, como a tomografia.
Sinais do câncer de pâncreas para ficar de olho
- Dor abdominal sem explicação
- Dores nas costas
- Náusea
- Perda de peso inexplicável
- Fadiga
- Diabetes que aparece subitamente
Fatores de risco
• Tabagismo
• Obesidade
• Consumo de álcool
• Pancreatites crônicas
• Diabetes
Não estranhe o fato de que citamos o diabetes tanto como consequência quanto como uma possível causa do tumor de pâncreas. Por um lado, o câncer compromete a produção de insulina nesse órgão – e a ausência desse hormônio faz a glicemia ir às alturas, o que define o diabetes.
Por outro, a presença do diabetes promove alterações no pâncreas que, com o tempo, fomentam o surgimento de um tumor. Além disso, o excesso de glicose na circulação está intimamente ligado à obesidade, outro fator de risco para nódulos malignos na região.
De maneira mais ampla, a prevenção passa por mudanças no estilo de vida que, entre outras coisas, afastam o diabetes e o excesso de peso. A prática de atividade física e uma alimentação equilibrada contribuem bastante nesse sentido. No mais, vale a pena maneirar nas bebidas alcoólicas e apagar o cigarro de uma vez por todas.
Tratamento
A cirurgia de retirada do tumor é a principal via curativa, segundo Coimbra. Ainda assim, conforme essa doença cresce e se espalha, outros procedimentos se tornam imprescindíveis.
A verdade é que o tratamento do câncer de pâncreas varia bastante de pessoa para pessoa. Ele pode envolver quimioterapia e radioterapia – e, eventualmente, terapia-alvo. Há até opções em estudo que podem, no futuro, incrementar o leque de opções do médico.