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Bico de papagaio na coluna: o que é e como tratar a osteofitose

Divertido à primeira vista, nome popular dessa condição disfarça uma lesão que pode ser perigosa se não for tratada corretamente. Conheça a osteofitose

Por João Antonio Streb
Atualizado em 7 mar 2024, 19h28 - Publicado em 7 mar 2024, 18h20
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Embora incômodo, problema surge como uma última defesa do organismo contra a compressão dos nervos na coluna. Dor nas costas é sinal de que chegou a hora de agir (jcomp/Freepik)
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A condição se chama osteofitose, mas você deve conhecer como bico de papagaio. Como é possível imaginar, o apelido faz referência à ave famosa por imitar vozes: tudo porque esse problema deixa partes da coluna com uma aparência semelhante ao bico do animal.

Mas explicar a patologia em si não é tão simples quanto justificar seu nome. O quadro consiste no crescimento anormal de tecido ósseo ao redor das articulações das vértebras.

Isso ocorre porque os discos localizados entre cada vértebra, que deveriam funcionar como amortecedores, acabam se degenerando e deixando de exercer sua função corretamente.

Apesar de serem incômodos e exigirem tratamento, os osteófitos (como a lesão é chamada) são considerados uma forma de defesa do organismo, já que o desgaste dos discos pode causar a compressão das raízes nervosas. Ou seja, eles ajudam a atrasar problemas mais graves – quando o papagaio canta na coluna, é hora de agir.

+Leia também: Muitas pessoas terão dor nas costas. Pouquíssimas precisarão operar

Quais são os sintomas do pico de papagaio?

Apesar da formação óssea em forma de bico abrandar um pouco o impacto, os nervos seguem sendo pressionados. Essa pressão causa uma uma lista de problemas, como:

  • Dores fortes na coluna e que são acentuadas ao sentar-se;
  • Dores que se espalham pelas pernas;
  • Cãibras;
  • Formigamentos;
  • Perda de força muscular, sensibilidade e reflexo;
  • Redução da mobilidade
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Quais são as principais causas da osteofitose?

Mais comum em pessoas com mais de 50 anos, a osteofitose é agravada pelo envelhecimento ósseo que ocorre a partir desse período da vida.

Sedentarismo, sobrepeso e má postura são fatores de risco, mas o bico de papagaio pode ocorrer também por condições hereditárias ou doenças degenerativas, como lúpus, artrite reumatoide, espondilite anquilosante e esclerodermia.

Traumas prévios e hérnias de disco também podem estar associados ao surgimento dos osteófitos.

Como é feito o diagnóstico do bico de papagaio?

Como os sintomas nem sempre surgem quando a lesão começa, é comum os médicos identificarem o bico de papagaio ao acaso, em consultas de rotina ou testes realizados por outro motivo.

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Além da avaliação clínica e da análise do histórico médico, o diagnóstico definitivo ocorre através de exames de imagem, como raio X, tomografia e ressonância magnética.

Quais são os tratamentos indicados para osteofitose?

Não existe tratamento definitivo para a osteofitose, já que o desgaste sofrido nos discos intervertebrais é irreversível.

Em casos menos graves, anti-inflamatórios e analgésicos atenuam a dor, mas especialistas apontam que é essencial uma mudança de hábitos para que os problemas posturais possam ser corrigidos ou amenizados. Mudança esta que costuma incluir fisioterapia e a prática de exercícios físicos.

As cirurgias são aplicadas apenas em casos mais graves, quando há um avanço muito rápido do desalinhamento da coluna ou ocorrem distúrbios neurológicos causados pelas formações ósseas.

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Como prevenir o bico de papagaio?

Os métodos de prevenção são os mesmos aplicados no tratamento: manter a postura correta e praticar exercícios físicos regularmente. A execução adequada das atividades também é importante para não correr o risco de agravar os problemas da coluna.

Lembre-se de praticar exercícios condizentes com sua faixa etária, de preferência práticas de baixo impacto, e fortalecendo a musculatura do tronco e abdômen.

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