Depois das cirúrgicas descartáveis, das de pano e das PFF2, estão chegando as máscaras 2.0. “Além dos tecidos mais duradouros e do investimento na capacidade de filtragem, elas virão com biossensores, nanotecnologia e até inteligência artificial”, aponta Guilherme Hummel, coordenador científico da Hospitalar, um dos principais eventos do setor de saúde no país.
Tais aparatos podem enviar informações importantes para o usuário. “Elas possuem, por exemplo, sensores que alertam sobre áreas de vazamento e indicam o melhor ajuste no rosto”, ilustra Hummel. Novidades do tipo foram apresentadas na primeira jornada digital realizada pela Hospitalar e devem começar a chegar ao mercado brasileiro ainda este ano.
Por ora, uma boa é recorrer às máscaras PFF2, com maior capacidade de filtragem, em locais fechados.
O que elas farão
Veja as principais promessas em desenvolvimento:
Neutralizar o vírus e se limpar sozinha
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, trabalham em diversos modelos, incluindo um autolimpante, que usa o calor para esterilizar o acessório.
Ficar transparente
O MIT e outros centros já apresentaram protótipos transparentes, com filtros descartáveis do tipo N95 (igual ao da PFF2) e revestimento de silicone. A ideia é facilitar a comunicação.
Não embaçar
Cientistas da Universidade Estadual do Arizona, também nos EUA, criaram um produto que isola e distribui melhor o ar exalado pelo nariz para que ele não chegue aos óculos.
Flagrar o patógeno
São vários protótipos em teste. Um deles tem uma substância em pó embutida no tecido que reage com o vírus; outro possui um adesivo que muda de cor ao detectar uma enzima na expiração.
A corrida das máscaras
Para instigar os pesquisadores, entidades internacionais estão promovendo concursos com premiações em dinheiro. O governo dos Estados Unidos anunciou recentemente que dará 500 mil dólares ao criador de um protótipo que resolva queixas frequentes como desconforto, óculos embaçados e dificuldade em compreender a fala dos outros.