Após vivenciar os horrores da Segunda Guerra Mundial durante a infância, o psicólogo húngaro-americano Mihaly Csikszentmihalyi decidiu investigar o que leva alguém a ser feliz e criativo.
Nos anos 1970, à frente do Departamento de Psicologia da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, descreveu, pela primeira vez, um estado mental de completa concentração e satisfação: o “fluxo” (do inglês, flow).
O conceito não apenas é uma das maiores contribuições à psicologia como também fundamentou o livro Criatividade: O Flow e a Psicologia das Descobertas e das Invenções (clique aqui para comprar), cuja nova edição chega às livrarias pelas mãos da Objetiva.
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“Um feito genuinamente criativo quase nunca é resultado de um insight repentino, de uma lâmpada que se acende no escuro, mas sim futuro de anos de trabalho duro”, define, no primeiro capítulo da obra, o autor falecido em 2021.
O livro reúne décadas de reflexões sobre o processo criativo e como ele é capaz de mobilizar a humanidade à resolução de problemas. Com ideias disruptivas, mas factíveis, Csikszentmihalyi mostra que qualquer pessoa tem um potencial transformador dentro de si.
As cinco fases da inovação
1. Preparação
Conscientemente ou não, você começa a se debruçar sobre um determinado problema que desperta a sua curiosidade.
2. Incubação
O “mais criativo” dos estágios dura de horas a meses — dependendo do tamanho do problema. É quando as primeiras sacadas de resolução surgem.
3. Iluminação
Em um estalo, as ideias parecem se encaixar perfeitamente para destravar o desafio. Pode ser um momento catártico ou soar como algo intuitivo.
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4. Avaliação
Hora de colocar as soluções à prova. É preciso questionar se funcionam e se resolvem a questão inicial. Esta fase causa insegurança e ansiedade.
5. Implementação
A inovação passa de fase, e mão na massa! Outras ideias podem despontar e o projeto ser aprimorado. O processo vale para a vida pessoal e profissional.