Atividade física para proteger o coração dos soropositivos
Pesquisa brasileira dá um excelente motivo para pessoas em tratamento contra o HIV se exercitarem.
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O Ministério da Saúde estima que 718 mil pessoas vivem com o vírus da AIDS no Brasil.
Foto: Getty Images
Quem enfrenta o vírus da AIDS corre naturalmente maior risco de sofrer um infarto ou derrame. Isso porque a doença aumenta o estado inflamatório das artérias. E o coquetel (conjunto de remédios indicados para o tratamento), como efeito colateral, tende a elevar os níveis de colesterol. Antenados nisso, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul avaliaram o impacto de um programa de exercícios aeróbicos, somado à suplementação de ácido fólico (vitamina do complexo B que ajuda a limpar os radicais livres que se acumulam nas artérias), em um grupo de pacientes.
O estudo, recém-apresentado, constatou que um mês de treino (no caso, bicicleta ergométrica três vezes por semana) já melhora a função das paredes dos vasos, diminuindo, em teoria, o perigo de obstruções. “Esse dado reforça a importância da atividade física, aliada a uma dieta saudável, nessa população”, diz o infectologista Eduardo Sprinz, um dos responsáveis pelo trabalho.
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Fontes: Eduardo Sprinz, coordenador do ambulatório HIV-AIDS do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e professor da UFRGS; Paula A.B. Ribeiro, monitora de estudos clínicos do HCPA; Shana S. Grigoletti, mestra em Ciências da Saúde do HCPA.