Quando se fala na reabertura de escolas, o foco costuma recair sobre os protocolos para evitar a transmissão de Covid-19 — crucial, claro. Mas há outros aspectos relevantes. “As instituições receberão crianças e adolescentes que estão desorganizados emocionalmente”, alerta Telma Pantano, psicopedagoga e pós-doutora em psiquiatria pela Universidade de São Paulo.
Ela é uma das autoras de um e-book gratuito, publicado pelo grupo Santillana, para auxiliar as escolas na nova realidade. “É preciso entender que a mudança de comportamento não é algo pessoal contra a equipe. Trata-se da manifestação de um estado interno”, nota Telma. “Os estudantes precisarão de espaço para se expressarem”, reforça. Em casa, os pais também devem conversar sobre os sentimentos. Para ter acesso ao manual, clique aqui.
Sugestões aos professores
Como auxiliar no aspecto socioemocional
> Não ter medo de falar sobre as emoções e mostrar que ansiedade não é algo ruim
> Conduzir exercícios de respiração em sala de aula
> Promover momentos ao ar livre
> Propor atividades que envolvam a movimentação do corpo
> Estimular os alunos a pensarem em experiências positivas
> Pedir um desenho ou uma frase todo dia. Isso ajuda a avaliar o estado emocional
Reflexos da pandemia
O medo do vírus e o isolamento abalaram crianças e adolescentes, causando:
> Raiva
> Desmotivação
> Dificuldade de diálogo
> Impulsividade
> Insônia