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O tratamento para tuberculose em crianças vai mudar no Brasil

Segundo o Ministério de Saúde, um único remédio contra essa infecção vai ser administrado aos pacientes menores de 10 anos a partir de 2020

Por Marcelo Brandão (Agência Brasil)
Atualizado em 29 Maio 2023, 12h24 - Publicado em 10 set 2019, 12h10

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou a simplificação do tratamento contra a tuberculose em crianças de até 10 anos. Atualmente, esses pacientes recebem três comprimidos na fase intensiva do combate à doença e dois no estágio de manutenção. A partir de 2020, um único remédio efervescente agregará todos os compostos necessários para contra-atacar a infecção.

“Um comprimido vai reunir os três medicamentos na fase intensiva e o outro, os dois da fase de manutenção, sem a perda da eficácia”, reforçou o ministro, em coletiva no Ministério da Saúde.

A alteração, segundo o ministro, estará disponível na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) “até o primeiro semestre do ano que vem”. Já para os adultos, o tratamento atual tem se mostrado eficaz e continua como antes.

A medida voltada ao público infantil se justifica, entre outras coisas, por melhorar a adesão ao tratamento. “Facilita muito na hora de explicar para as famílias. Quando a gente dá um comprimido só, temos a certeza que estamos dando a dose recomendada dos três compostos”, disse Mandetta.

Stop TB

Mandetta também informou que o Brasil liderará a estratégia mundial de combate à tuberculose e, pelos próximos três anos, estará na presidência de uma organização internacional chamada Stop TB. Ela é vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU) e reúne mais de 100 países no esforço de reduzir o número de vítimas da tuberculose.

O Brasil cumpriu as Metas dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio relacionados à tuberculose e, no período de 1990 a 2015, conseguiu reduzir pela metade os índices de contaminação e morte. No entanto, a coordenadora do Programa Nacional de Controle de Tuberculose, Denise Arakaki, disse que o Brasil ainda precisa diminuir o número de casos para fazer o continente atingir seus objetivos.

“O Brasil representa um terço dos casos nas Américas. Se o nosso país não alcançar as suas metas, muito provavelmente a região não alcançará o resultado por nossa responsabilidade”, afirmou.

De acordo com Mandetta, o país pretende aumentar o diagnóstico dos casos da doença no país. Os principais alvos são as populações de rua; os presidiários; e os indígenas, por terem uma imunidade mais baixa.

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A tuberculose é considerada uma das dez principais causas de morte no mundo, com cerca de 1 milhão de vítimas por ano. No Brasil, foram registrados 75 mil casos no ano passado, sendo que 4,5 mil resultaram em morte. As capitais brasileiras com maior incidência da doença em 2018 foram Manaus e Rio de Janeiro. As que registraram menos casos foram Palmas e Brasília.

O tratamento é gratuito no Sistema Único de Saúde e dura, em média, seis meses. O problema é que, no Brasil, a cada dez pacientes, pelo menos um abandona o tratamento. Isso deixa a bactéria da tuberculose mais forte e aumenta o risco de transmissão.

Este conteúdo foi produzido pela Agência Brasil.

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