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Gestantes com quadros graves de Covid-19 podem transmitir doença ao bebê

Uma grande revisão de estudos reforça que a transmissão vertical, embora rara, é mais frequente quando a mãe apresenta sintomas mais severos do coronavírus

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein*
2 jun 2022, 17h57
Foto de mulher grávida usando roupa preta, simbolizando o medo de contraria Covid
Gestantes também devem se proteger do coronavírus. (Foto: GI/Getty Images)
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Apesar de baixo, o risco de uma grávida com Covid-19 infectar o seu bebê existe. E a chamada transmissão vertical (da mãe para o bebê) está diretamente ligada à gravidade da doença. Isso é o que acaba de revelar uma grande revisão de estudos recém-publicada no periódico científico The British Medical Journal, que avaliou dados de quase 30 mil gestantes e mais de 18 mil bebês ao longo de quase dois anos.

Os autores analisaram resultados de 472 trabalhos que envolviam grávidas ou mulheres que acabaram de dar à luz (puérperas), incluindo as que sofreram abortos. Eles constataram que apenas 1,8% desses bebês testaram positivo para o Sars-CoV-2 entre dezembro de 2019 e agosto de 2021.

A gravidade da doença foi um fator determinante para a contaminação do bebê. “A severidade do quadro materno, que às vezes exige procedimentos como diálise e intubação, aumenta o risco de transmissão”, explica o ginecologista e obstetra Mariano Tamura, do Hospital Israelita Albert Einstein.

+Leia também: Para que serve a dexametasona?

Importância da vacinação

O estudo reforça a importância de as grávidas se vacinarem para evitar os quadros graves de Covid-19. Isso porque a própria gestação deixa a mulher mais suscetível a algumas doenças. Sabe-se, por exemplo, que o crescimento da barriga abala a capacidade respiratória, já que o diafragma tem menos espaço para se expandir.

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Além disso, as gestantes têm uma certa queda na imunidade. “Ela pode e deve se vacinar desde o início da gravidez. Assim afasta as complicações para ela e para o bebê”, enfatiza Tamura.

E com um bônus extra: há indícios de que anticorpos induzidos pela vacina da mãe estariam presentes no leite materno, o que daria uma proteção extra ao recém-nascido. Essa hipótese carece de confirmação por meio de mais estudos, mas não deixa de ser um motivo a mais para buscar essa proteção.

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*Este conteúdo foi produzido pela Agência Einstein

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