A evolução das habilidades motoras, necessária para o bebê andar, só acontece graças a um amadurecimento do sistema nervoso, que ocorre literalmente da cabeça aos pés. Nos primeiros meses de vida, os neurônios e as fibras nervosas vão ganhando uma camada de gordura isolante, a bainha de mielina.
Com os fios, digamos, encapados, as ordens do cérebro podem chegar e gerar respostas mais precisas nos músculos. Aos três meses, ao mesmo tempo que o cérebro e a rede de nervos progridem, a musculatura da coluna, especialmente da porção superior, também se desenvolve. A partir desse momento, o bebê já pode sustentar o pescoço.
Conheça a seguir os próximos passos dessa história:
O que fazer para estimular o pequeno a engatinhar e andar
Rotas próprias: deixe a criança criar seus caminhos pelo chão, em casa… Explorar faz parte do desenvolvimento.
Sem broncas: se o pequeno derrubar ou quebrar algum objeto no percurso, não brigue com ele para não desestimulá-lo.
Iscas lúdicas: coloque brinquedos a uma certa distância para que ela se sinta motivada a se locomover até lá.
Em segurança: certifique-se de montar um ambiente que não favoreça escorregões, quedas, trombadas e machucados.
Apoio bem-vindo: bote o bebê no chão com os braços apoiados em um móvel e distancie-se para que ele vá em sua direção.
Nada de andador: já está comprovado que o utensílio atrapalha o progresso das passadas. Melhor não usar.
Fontes: Ana Paula Macchia, neuropsicóloga do Instituto Ideia (SP); Ana Gabriela Paschoal, neuropediatra do Hospital São Luiz / Morumbi (SP); Felipe Kalil, neuropediatra, João Krauzer, pediatra, e Lauro Machado Neto, ortopedista pediátrico do Hospital Moinhos de Vento (RS); Wilson Lino Júnior, ortopedista do Hospital Infantil Sabará (SP).