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Em uma palestra que dei recentemente sobre emagrecimento saudável e sustentável, uma mulher levantou da plateia e disparou: “Minha amiga fez uma dieta e perdeu X quilos em duas semanas. Eu fiz a mesma dieta e ganhei peso. Será que eu tenho algum problema?”
Sendo curto e grosso: não. O problema é tentar seguir regimes que funcionaram — se é que funcionaram no longo prazo — para outras pessoas.
Nossa alimentação possui uma relação com nossa história de vida. Ela começa pelo nosso nascimento (cesárea ou natural), passa pela lactação (tempo de aleitamento materno exclusivo), é influenciada pela variabilidade das opções à mesa ao longo da vida… Tudo isso forma nosso acervo alimentar e de aromas e sabores.
Seguindo a mesma linha, essas sensações têm uma associação direta com as emoções, lembranças e preferências de cada um. Some isso com características do alimento, do modo de preparo e do próprio ambiente em que comemos e você chegará à conclusão que cada refeição traz uma experiência única.
Voltando então à pergunta da mulher que assistia à palestra: por que aquela dieta não funcionou para ela? Com histórias e paladares diferentes, é provável que o padrão alimentar seguido pela amiga foi difícil de ser incorporado em todos os seus detalhes pela ouvinte da palestra. E mais: possivelmente ele não respeitou características que são dela e de mais ninguém.
“Uma dieta que serve para todos” é impossível. Não é à toa que escrevi um livro chamado O Fim das Dietas (clique aqui para comprar).
Alimentações pré-fabricadas desconsideram sua biografia, suas preferências e seu dia a dia. Conhecer profundamente as minúcias de um problema é fundamental para solucioná-lo.
A dieta da amiga não serve e não servirá para ninguém — a não ser para ela mesma. O desafio é construir o seu próprio estilo de vida emagrecedor. Você pode e deve contar com profissionais preparados nesse sentido, mas eles apenas vão guiá-lo pelo seu caminho.
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