Promoção: Revista em casa a partir de 10,99
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde

Por que precisamos falar de TDAH na vida adulta?

Especialista explica que o problema não se restringe à infância

Por Edyleine Bellini Peroni Benczik, neuropsicóloga*
Atualizado em 22 mar 2023, 10h49 - Publicado em 5 ago 2022, 09h54
ilustração de pessoa se desdobrando em três
TDAH persiste na vida adulta em cerca de 5% das pessoas.  (Ilustração: Veja Saúde/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

Até meados dos anos 1990, o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) era considerado um distúrbio exclusivamente infantil. Foi a partir dessa época que informações sobre a condição na vida adulta, antes restritas ao ambiente acadêmico e científico, começaram a ser difundidas para a sociedade. Porém, só em 2013 o aspecto vitalício do transtorno se tornou oficial. Em outras palavras, TDHA também afeta adultos.

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é classificado pela Associação Americana de Psiquiatria como um problema do neurodesenvolvimento, geralmente com início na infância e de curso crônico. Permanece na vida adulta em até 5% dos casos, segundo as pesquisas.

As manifestações comportamentais visíveis costumam se dar por um padrão persistente de desatenção e/ou de hiperatividade e impulsividade, causando prejuízos significativos no decorrer da vida em graus variados.

+ LEIA TAMBÉM: Como o TDAH pode se manifestar ao longo da vida

Na vida adulta, os sintomas se apresentam por conversas excessivas, inquietação interna e estado de hiperexcitação. As pessoas não conseguem relaxar ou estão sempre tensas, têm dificuldade para dormir e podem tentar compensar isso tudo usando álcool, drogas ou remédios sem orientação médica.

A impulsividade é percebida nas ações sem reflexão anterior, como gastar muito ou rápido demais, renunciar a empregos de forma prematura, se arriscar no trânsito e no sexo. Há distrações e atrasos frequentes, dificuldade de se organizar e cumprir prazos, procrastinações e problemas para dar sequência a tarefas, como a leitura de um livro.

Continua após a publicidade

É fundamental contar com um diagnóstico clínico preciso para lidar adequadamente com esses comportamentos. TDAH tem tratamento! A terapia cognitivo-comportamental ajuda o indivíduo a desenvolver estratégias para minimizar suas limitações e desenvolver o autocontrole e a autoestima.

A medicação, por sua vez, atua especialmente sobre os sintomas do transtorno. Ter bons hábitos de sono, fazer exercícios físicos regulares e manter uma alimentação equilibrada também são importantes para criar uma rotina saudável e o bem-estar em geral.

O diagnóstico de TDAH, embora possa vir acompanhado de estigmas, é libertador, pois promove conscientização e maior qualidade de vida pessoal, familiar e profissional. Reconhecer que há algo errado e buscar ajuda é, sem dúvida, o melhor caminho a seguir. O TDAH é coisa séria e precisamos falar dele também na vida adulta!

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:

* Edyleine Bellini Peroni Benczik é psicóloga e neuropsicóloga, doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP e autora do Manual da Escala para o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (Vetor Editora) 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SEMANA DO CONSUMIDOR

Assine o Digital Completo por apenas R$ 5,99/mês

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.