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Parcerias público-privadas: um caminho para a sustentabilidade científica

Projetos que aliam academia e indústria são decisivos para o avanço tecnológico e o bem-estar social, defende médica

Por Evelyn Lazaridis, diretora médica da GSK*
8 jun 2021, 15h04
foto de mãos manipulando tubos de ensaio
Parcerias na América Latina viabilizam estudos para desenvolver novas soluções terapêuticas.  (Foto: GI/Getty Images)
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A pesquisa científica tem ganhado importante notoriedade com o advento da pandemia do coronavírus e a contribuição dos cientistas para compreender o mecanismo de contaminação e transmissão do vírus, inclusive com a participação de estudiosos brasileiros.

Além da Covid-19, outros grupos e fontes de pesquisa buscam hoje novas soluções e terapias para necessidades ainda não atendidas ou visando melhorias nos tratamentos disponíveis. Por isso, cada vez mais a parceria entre a academia e a indústria farmacêutica tem impulsionado uma diversidade de estudos e realizações na área. As parcerias público-privadas de transferência de tecnologia são um bom exemplo.

A produção científica é fundamental para a evolução da medicina e gera impactos em diversos segmentos da sociedade, contribuindo para a saúde de forma global. Nos últimos vinte anos, o panorama da ciência na América Latina foi mudando a partir dos investimentos governamentais e privados na área, o que impulsionou a transformação da atividade e da produção científica na região.

Atentas a esse cenário, iniciativas promovidas pela GSK, como o Trust in Science, têm viabilizado uma abordagem de cooperação ativa, cujo principal benefício é o de facilitar a troca de experiência de acadêmicos com os cientistas da indústria farmacêutica a fim de traduzir descobertas em avanços terapêuticos.

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Foram apoiados financeiramente 60 projetos de pesquisa por aqui, na Argentina, no México e no Uruguai – o Brasil é a nação que mais recebeu investimentos nesses dez anos com 14 projetos financiados em instituições nos estados da Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Além do conhecimento gerado, outra ação importante é a inserção de jovens pesquisadores na carreira científica, o que favorece a formação de uma geração de doutores e pós-doutores de alta capacidade.

Com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi firmada, por exemplo, uma parceria para cofinanciar o Centro de Descoberta de Novos Targets (CENTD, sigla em inglês): o objetivo da iniciativa, que tem a participação desde 2015 do Instituto Butantan, é identificar alvos moleculares para doenças inflamatórias, como osteoartrite, artrite reumatoide, câncer e doenças degenerativas.

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No início de 2021, outro centro, o de Novos Alvos Terapêuticos em Oncologia, foi idealizado para avaliar propostas em pesquisas no tratamento do câncer em áreas terapêuticas diferenciadas – a ideia é iniciar as avaliações dos projetos ainda neste ano.

Nesse contexto, a capacidade de complementar espaços na pesquisa por meio da cooperação ativa com a indústria é essencial para o benefício mútuo quando se trata de propriedade intelectual e expansão tecnológica e econômica, buscando, assim, uma colaboração científica de longa duração.

* Evelyn Lazaridis é diretora médica da Divisão Farmacêutica da GSK

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